Tenho uma ideia muito forte sobre como é importante tomar decisões na vida. Mais do que isso, talvez eu tenha demorado muito não só pra entender a parte em que tomar uma decisão é necessária (sou libriano, imaginem quão horrível é decidir alguma coisa), mas também para conviver com a escolha que não foi feita.
A forma como a gente encara uma escolha e o rastro da não escolha é baseada em perspectivas de vida diferentes. E eu aposto que a maioria de nós se julga o tempo todo por escolhas aparentemente ruins, ou por escolhas que não levaram a lugares que a gente esperava ir. Talvez porque o peso da decisão recaia inteiramente sobre a gente: foi nossa culpa, nossa falta, não teve ninguém que pudesse mudar ou tomar nossa destino nas mãos por nós. Somos nós e um punhado de caminhos escolhidos pela vida.
Quando parei pra pensar nos fardos que carregamos, percebi que a maioria deles está ligado ao passado, às coisas das quais nos arrependemos por termos feitos ou deixado de fazer. Conviver com fantasmas nunca foi uma missão fácil, mas talvez pensar de outra forma possa ajudar a mudar um pouco isso. Você já parou pra pensar que o outro caminho, aquele que não foi escolhido, também poderia não ter sido tão bom assim? Nos apegamos tanto à ideia de que a outra escolha poderia ter sido melhor que nem lembramos como também havia a possibilidade de que ele fosse um fracasso. Nos apegamos tanto ao que não foi que deixamos de lado o que está sendo, numa tentativa frustrada de mudar o passado. Mas, meu bem, ninguém muda o que já foi. Nem eu, nem você, nem ninguém.
Eliminar essa prisão psicológica ao passado é uma forma de determinar quais fardos você quer carregar. Afinal de contas, na maior parte das vezes, nós carregamos pesos que não precisaríamos carregar, assumimos responsabilidades que não foram nossas, nos fazemos mais infelizes do que precisamos ser. Ao mesmo tempo em que pensar assim alivia, também ressalta a importância de fazer escolhas que nos façam felizes. Veja bem, não falo de escolhas certas. Não acredito que exista algo certo ou errado nesses casos. Existe o que é melhor pra gente. O que nos fere menos. O que nos deixa mais em paz. E você pode pensar muito em alguém nessa hora, pensar em escolher o que faz o outro mais feliz, mas até quando você vai fazer as decisões da sua vida baseando-se nos sonhos alheios? A primeira pessoa que temos que fazer feliz somos nós mesmos.
Inclusive, essa dúvida sobre quais caminhos escolher e como encarar uma escolha feita (ou não feita) é o tema do filme A Escolha, baseado num romance do Nicholas Sparks. A história fala sobre vizinhos que se conhecem, começam uma amizade e, adivinhem só, se apaixonam. O problema é que a Gabby tem um namorado, o cara perfeito pra ela. E nega o tempo todo o quanto gosta do vizinho, o Travis. Nega a existência da força dele na vida dela. Nega enquanto sente por medo de mudar uma vida estabilizada, com uma escolha aparentemente já feita. Quanta gente você conhece que é assim? Quanta gente desperdiça grandes amores por ter medo de fazer novas escolhas?
E não para por aí. Algumas coisas acontecem e colocam Travis à prova das escolhas que vai ter que fazer. Só pelo trailer você já imagina o que seja, já fica com aquela lágrima quase caindo nos olhos, já morre de vontade de ir pro cinema assistir. O filme estreia nos cinemas no dia 04/02, e você já tem uma ótima dica de filme que vai te fazer pensar muito bem sobre as escolhas que faz na vida, principalmente no amor.
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