Em tempos rápidos e conectados como os de hoje, temos visto uma crescente no debate de assuntos que, até então, evitávamos falar. As fobias sociais, as opressões, os nossos medos e angústias no ambiente de trabalho e, principalmente, nossa saúde mental – ainda bem!
Quando vejo as pessoas dividindo suas experiências e mostrando que problemas como ansiedade, depressão, distúrbios e outras coisas existem em mais pessoas do que imaginamos, fico feliz por esse universo estar deixando de se tornar um tabu. Quanto mais falarmos, mais informações podem ajudar pessoas que nós amamos (e nós mesmos) a passar por fases complicadas.
Pensando no geral, quero compartilhar com vocês um pouco do que tenho feito para melhorar a minha saúde mental, mesmo sabendo que cada caso é um caso. Espero que os seus dias ruins passem logo, viu?! <3
Não se isole
Eu moro sozinho em São Paulo e trabalho de casa. Meu apartamento é o lugar onde fico por mais tempo na vida. Às vezes, eu não escuto a voz de outra pessoa que não seja o meu porteiro avisando que chegou algo. E isso é muito ruim no geral. Nós somos seres sociáveis que precisam da dinâmica da vida. Precisamos andar na rua, pegar sol, ver amigos queridos, ir ao cinema, fazer pequenas coisas que nos tirem de casa e nos ponham em contato com o mundo. Além disso, falar sobre o que você sente pode ajudá-lo a esclarecer algumas coisas. Caso contrário, nossa mente pode preparar armadilhas que vão nos deixar cada vez mais solitários.
Converse com pessoas que te entendam
De coração: eu sei como é difícil contar algo para alguém que não vai te entender. A maioria das pessoas que não passa por isso não entende. O problema disso é que, se você não tentar falar com as pessoas que conhece e que podem te ajudar, você vai ficar com a sensação de que só você passar por isso e que não existe solução. Mas não é assim: muita gente passa pelas coisas que você passa. Não tenha vergonha, de verdade. Procure alguém que tem histórico parecido ou que já passou por algo assim e que você confie. Se abra. Conte pra alguém e divida esse peso.
Lembre dos seus sonhos
Uma das coisas que mais me ajuda nas horas de crise é tentar me lembrar das coisas que eu ainda quero fazer na vida. Meus sonhos, meus objetivos, as pessoas que eu amo sempre surgem como uma luz no fim do túnel. E tento me agarrar a elas nos piores momentos, quando tudo parece desmoronar. Sei que depende do estado mental de cada um e tem gente que não vai conseguir ver algo no meio de tanta escuridão, mas tente. Tente conjurar suas lembranças mais queridas e felizes na hora em que precisar delas.
Encontre abrigo na arte
Escrever me ajudou muito a me entender. Aliviar as coisas que sinto. Outra coisa que eu amo é ir ao cinema e ver um filme que me faça chorar horrores. Ou ler um livro emocionante. A arte funciona muito bem para promover catarse, que é o sentimento de transbordar a partir de algo que você experimenta. Talvez algo da arte sirva para te fazer lavar a alma e botar pra fora um pouco da angústia.
Procure ajuda profissional
A coisa mais importante que fiz foi procurar ajuda terapêutica e psiquiátrica. Nós temos um tabu enorme com médicos das faculdades mentais. Provavelmente, você ouviu a vida inteira que “terapia é frescura” e “psiquiatra é médico de doido”. Mas não é bem assim. Problemas de cabeça são doenças que podem mudar completamente a rotina de uma pessoa e falar com um profissional costuma ser um caminho para a luz. Se você não tem condições de pagar um médico ou ir a um plano de saúde, talvez você consiga ajuda em centros gratuitos existentes em diversas cidades no Brasil.
Espero que essas dicas tenham ajudado um pouco. Você não tá sozinho nessa. Lembre-se disso. 😀