Não adianta reclamar, pai e mãe é para sempre, e isso, quase que obrigatoriamente, faz com que eles sempre nos vejam como uma criancinha indefesa que está procurando por colo. De cada cinco amigos que conheço, quatro, pelo menos, reclamam que os pais ainda os tratam muitas vezes como se fossem bebês e como se ainda não tivessem responsabilidade suficiente para fazer certas escolhas na vida. Eu ainda não fui mãe, mas eu não tenho dúvidas que também vou entrar no time desses pais (que a Carol adolescente não ouça isso), mas é que, com o tempo, a gente vai percebendo que às vezes correr para se esconder debaixo da saia da mãe faz muita falta.
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“Leva o casaco que vai esfriar”.
Quem nunca ouviu (e desobedeceu) essa previsão digna de toda mãe, não sabe realmente o que é provar que a Lei de Murphy existe. Eu não sei realmente se a maternidade traz uma coisa meio “mãe Dinah” às nossas mães, mas nunca nessa vida eu estive certa quando sai de regata e shorts e não ouvi minha mãe para pegar o meu casaco. Talvez essa seja uma das maiores faltas que eu tenho depois que sai da fase adolescente, para encarar o mundo adulto, e que me faz quase todos os dias sair com a roupa totalmente errada para o tempo que realmente está.
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“Eu avisei”
Eu não sei vocês, mas parece que toda vez que meus pais falam que vai acontecer alguma coisa, e eu continuo teimando que está tudo bem e que o meu jeito é o jeito que devo seguir, alguma força oculta no universo faz com que a exata previsão deles aconteça. E toda vez que chega nessa situação, os pais fazem questão de avisar que já tinham avisando que quebraríamos a cara, o que te faz sentir ter perdido um ponto na escala do “adultômetro”. Mas, ainda sim, queridos pais, vocês precisam entender uma coisa de uma vez por todas: eu sei que no fundo vocês podem ter razão, mas se eu não tentar encontrar minha própria maneira para chegar onde quero, como vou, futuramente, poder também aconselhar os meus filhos e poder, finalmente, avisar que “eu avisei”?
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Falar que não confiou na sua nova “amiga”
Você demora um tempão para encontrar uma amiga legal, que não queira furar teu olho, que não saia por aí contando todos os segredos que você contou, e que, resumidamente, não seja uma bitch (pode falar palavrão aqui?). Então, num belo dia que ela aparece na sua casa para vocês se arrumarem para ir pra balada, sua mãe te puxa de canto e fala “Não gostei dessa menina”. Você, de início, fala que ela é implicante e que está com minhocas na cabeça. Daí, depois de alguns meses, você se lembra desse momento, e pensa que deveria ter ouvido o que sua mãe disse – pelo menos agora você não teria perdido algumas outras amigas que te achavam uma chata quando estava com essa, e seu (agora ex) namorado não estaria de caso com a sua tão querida amiguinha.
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Te abraçar do nada
Quem nunca passou por essa situação: você está sentado, lendo um livro, daí sua mãe passa e de repente, do nada mesmo, ela te dá um abraço daqueles de urso enquanto fica fazendo uns barulhos estranhos, que, traduzidos, significam mais ou menos ‘ooo meu amorzinho, meu filhinho lindo que mamãe ama”. Qual sua reação? “Saí pra lá mãe, tá atrapalhando meu livro!”. É, eu também já fiz isso, e agora eu me envergonho um pouco falando desse jeito. Os pais sempre nos verão como seus filhotinhos, criados por eles e motivo de orgulho (apesar de todas as besteiras diárias que a gente insiste em fazer).
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Quando seus pais viajam e se preocupam se você vai comer.
Aparentemente, seus pais acreditam que enquanto estão viajando, acontecerá um apocalipse zumbi em que você vai precisar da maior quantidade possível de comida estocada na geladeira e congelada em potinhos no congelador. Isso acaba resultando em muitos quilos a mais na segunda feira, depois de você acabar pedindo pizza, fazendo miojo, e comendo todo o chocolate que tinha estocado na sua casa. O que nossos pais precisam entender, na verdade, é que a preguiça às vezes é muito maior do que a nossa vontade de colocar a comida que eles deixaram para esquentar no fogão. Nessas horas, o delivery é o nosso maior companheiro.
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Quando sua mãe ainda manda você dormir
Estudos científicos já comprovaram que o metabolismo das pessoas são diferentes. Isso não é suficiente para convencer seus pais de que ir dormir às 3h da manhã para acordar às 7h no dia seguinte é uma boa ideia. E no fundo, todas as manhãs de mau humor no trabalho e cochilos nas aulas da faculdade só me demonstraram que realmente eles estavam certos (mas, por favor, não contem para eles sobre isso).
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Quando, mesmo depois dos 20 anos, eles reclamam que você chega muito tarde
Não tem jeito. Mesmo depois de mais velho, já trabalhando e pagando suas contas, enquanto você morar com seus pais, as mesmas reclamações pela manhã, quando você chegar com aquela inchada de sono (e pós balada) vão continuar. Na verdade, é até estranho chegar de manhã cedo e não ter nenhum grito vindo do quarto deles perguntando se “isso são horas???”. Mas, para a tranquilidade de nossos pais, o cansaço de chegar todo final de semana só no dia seguinte chega depressa, antes mesmo do que esperávamos, e daí, uma noite bem dormida na nossa cama geladinha acaba se tornando um dos melhores momentos da semana.
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Quando eles entram no seu quarto e começam a arrumar tudo porque acham que seu jeito é bagunçado.
Já perdi as vezes que estava procurando alguma coisa que tinha deixado em cima da escrivaninha do meu quarto, e não achava de jeito maneira porque minha mãe tinha entrado no meu quarto e colocado dentro de alguma caixa que estava guardada no armário ou algo do tipo. E isso acontece até hoje. E adianta falar para não mexer na minha bagunça? Por experiência própria, não, não adianta. Quando nossos pais acham que nosso quarto está uma bagunça, o jeito é respirar fundo, e ter muita paciência para encontrar suas coisas no meio daquela “organização desarrumada”.
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