Pense bem no que você quer


Quando você olha pra mim, você enxerga outra pessoa. Enxerga uma pessoa decente e boa, o homem que você gostaria que eu fosse. Um perfeito cavalheiro. Um homem que eu jamais poderia ser.

Esse é o seu mal, moça bonita: você acha que o amor é baseado nas expectativas que cria. O amor não é isso. O amor tá naquela unha encravada horrível que você aceita. Tá nos pães de queijo na mesa quando chego do trabalho. Tá na sua música preferida que eu coloco bem alta quando você está no banho. O amor tem muito mais das pequenas coisas do dia-a-dia do que essa imagem que você pinta de mim.

Eu não sou e nem vou ser essa pessoa que você avaliou como a correta para você. Eu sou um ser humano como qualquer outro e não posso mudar toda a minha vida porque você me chama o tempo todo a atenção por ser desse ou daquele jeito. Eu sou assim e pronto, não tô te fazendo nenhum mal. Eu esqueço as datas, mas e daí? Todo dia que estou em sua companhia não se torna menos especial por isso. Sei que eu podia ser mais atento, mais cheiroso, mais disponível… mas aí não seria amor. Seria servidão.

E você não quer um servo, não é mesmo?

Às vezes acho que o amor é um produto de um erro de avaliação. As pessoas vão criando expectativas e exigindo que o outro se encaixe perfeitamente nelas. E se isso não acontece, há uma enxurrada de lágrimas, muito drama e frustração envolvidos.

É a mesma coisa com casais que enfrentam a infidelidade: um lado geralmente quer um relacionamento monogâmico. Quer fazer passeios nos sábados ensolarados. Quer ir a concertos. Quer jantares a luz de velas. A outra parte, nem tanto. A outra parte quer curtir sexo no banheiro com estranhos ou marcar breves escapadas em motéis espalhados pela cidade. E assim caminha a humanidade.

Moça, pensa bem no que você quer. Pensa bem se é isso mesmo, se eu te faço feliz desse jeito ou se você precisa de outra pessoa para seus sonhos se realizarem.

Umbelino

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