[Você pode ler este texto ao som de Heart’s a Mess]
Se aquieta, vai. Garanto que tudo não passa de mais uma daquelas suas crises de meio-amor e que isso vai passar logo. Se não for nesse gole, passa no outro. Se inquieta, vai. Essa agonia vai subindo len-ta-men-te pela sua garganta acima. Deu um nó, então desata. Não consigo. Então desanda logo de uma vez. Chegou a sua carona, ou só mais uma distração. Quantas distrações você já usou para justificar isso? Vai logo, porque já é tarde. Quando voltar – e se voltar – me responde. Ou se distraia de vez e fim do problema.
E todas essas pessoas achando que estão certas. E todas elas achando que estão certas em ouvir você. Mas não ouvem. Não escutam conselhos palpitantes – e nem eu escuto também, pra dizer a verdade. Já revirou tudo hoje e botou tudo pra fora. Já sufocou e se deixou de lado por um tempo. Só por um tempo. Quase nada. De-li-ca-da-men-te. Já deu a volta por trás e abriu um sorriso. Mas não sabe mesmo como é que arrumou essa confusão toda. Não precisa de pressa, só não precisa me deixar sozinho agora. Isso assusta. Acho mesmo é que você brinca comigo.
Se melhorar, entrega. Se entregar, estraga. Mas bem que você podia me dizer o que você anda pensando. Facilitaria as coisas pra nós dois ao mesmo tempo. E sem. Interrupções demais. A pergunta importante pode ser respondida com sim ou não. É bem fácil pra você. Mas você é essa confusão ambulante, que não se deixa resolver. Nem por mim, nem por ninguém. No fundo, acho que você gosta disso – e acho mais ainda que todas essas fases suas são planejadas para me enlouquecer. Porque você ataca assim que eu a vejo, e eu sei bem que são ciúmes. Ou saudades. Ou quase nada disso. Na verdade, não sei. Você me causa dor, e uma espécie de azia que não deveria existir. Sabe esse controle besta que você tem sobre mim – e como sabe.
Você não gosta de ordem e, por consequência, me deixa uma bagunça. Eu sou uma bagunça. É o que todos dizem na hora de dar adeus ou até logo. Algumas até ficam aqui pra tentar me consertar, mas não sabem que o problema é com você. Você se desorienta e me leva junto. Você se engana e me venda os olhos também. Você sempre me deixa em cima do muro. Ou se arruma de vez, ou me resolve o problema. Mas todos nós sabemos que não adianta resistir muito ao que você faz no meio dessa confusão toda. Eu só disfarço fingindo seguir uma linha reta de raciocínio. Com as roupas do avesso e um “eu te amo” nas mãos. Trocando os meus olás por alôs de madrugada e alguns serás de quem não tem a menor certeza do que está fazendo. Você ri e eu bato o pé. Você freia e a culpa é toda sua. É que você me deixa trôpego e desarrumado, coração.
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