Não adianta insistir em quem não quer nada com a gente


Existe uma métrica universal e incontestável que indica o fim de qualquer relacionamento – ou da tentativa de um – que se trata do seu próprio nível de sofrimento ao tentar fazer com que ele dê certo.

Eu poderia parar esse texto por aqui, porque só essa frase já é o suficiente e autoexplicativa. Mas entendo isso hoje, plena que estou, depois de quebrar a cara sete vezes por semana, doze meses por ano. A verdade é que levei uma vida para enxergar a linha que separa aquele empenho saudável que fazemos para um relacionamento vingar, com o esforço desumano que em um dado momento só gera dor e sofrimento mesmo.

E quando vi isso, reparei também que existem sinais muito claros que piscam em luz neon na nossa frente, falando quando devemos desistir de alguém. Quer saber quais são? Pergunte-me como!

Brincadeira. Mas é verdade.

Pense se você já saiu com alguém que fez com que você se sentisse:

– Um ser humano complicado e com mais problemas do que imaginou que tinha;

– Enchendo o saco toda vez que tentou contato;

– A última prioridade da vida do outro;

– A última opção de pessoa que o outro poderia ter convidado para sair (até porque geralmente o convite rola no próprio dia, às 1h da manhã);

– Com a autoestima destruída;

– Pedindo um favor toda vez que fazia algum convite;

– Com uma necessidade imensa de esclarecer as coisas, porque nunca nada pareceu muito “normal” entre vocês.

Se você marcou de 1 a 7 pontos, parabéns! Você já pode partir para a próxima e mandar um emoji de dedo do meio na conversa de vocês no WhatsApp (já que provavelmente é sempre você quem puxa assunto mesmo).

Piadas infames à parte, a melhor coisa que você pode fazer nesses casos é entender que essa história de que relacionamentos são difíceis é verdadeira até a página dois. De fato, mantermos um vínculo de qualquer espécie, com qualquer pessoa, não é a tarefa mais descomplicada do mundo. Mas daí a transformar isso em algo equiparável a escalar o Everest, acordar cedo no inverno ou lamber o próprio cotovelo, existe uma distância bem grande.

Costumo dizer que de difícil já basta a vida e a dieta na sexta-feira. E é verdade. Já estamos ocupados diariamente com a sobrevivência à vida adulta, que inclui trabalhos complicados, boletos que nunca param de chegar e chuveiros que queimam às 5h da manhã na véspera de uma reunião, além de outras diversas pequenas derrotas e humilhações diárias. Por que raios precisamos nos esforçar para fazer alguém gostar da gente? Ou por uma companhia que passou de agradável para pesada, penosa?

Então um conselho final, se é que eu ainda deveria dar conselhos para alguém a essa altura do campeonato, é: nunca insista em alguém que faz com que você se sinta uma pessoa difícil de ser amada, ouvida ou desejada.

Seu psicológico agradece. Sua autoestima também. E os anos de vida que você vai ganhar ao lado de quem realmente te quer bem valerão muito mais a pena do que dias regados à tristeza e à sensação de impotência que só alguém que caga para você pode te proporcionar.

Resumindo: larga o osso e segue o baile. Paz.

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