Costumo dizer que vir morar em São Paulo foi, ao mesmo tempo, a melhor e a pior escolha da minha vida. Essa cidade que eu chamo de casa há mais de três anos já foi palco de muita coisa. Foi aqui que lancei meu primeiro livro, fui assaltado duas vezes em seguida, tirei a minha melhor foto de plenitude no carnaval paulistano, aprendi a beber catuaba e outras coisas que eu mal fazia ideia de que existiam e tudo mais.
Foi em São Paulo que eu aprendi que o barulho dos carros na rua assusta quando você tá em casa sozinho pensando o que tá acontecendo com a sua vida. Foi em São Paulo também que eu descobri que as pessoas conseguem amar mais seus empregos do que tirar algumas horas para se entenderem melhor com as almas por baixo das suas respectivas peles.
Conheci gente de todo jeito e canto do mundo. Surpreendentemente, meus melhores amigos não nasceram em São Paulo. É gente que também teve que encontrar o seu cantinho e construir do zero a relação com a cidade. Gente que desceu algumas vezes do lado errado da Avenida Paulista ao sair do metrô ou se perdeu em alguma baldeação da Sé. Gente que foi no Mercado Municipal quando nem morava aqui e depois só foi pra levar os amigos turistas que não sabiam que dá pra comer o tal sanduíche de mortadela em qualquer padoca.
Aliás, foi aqui que eu aprendi mais sobre as padocas. Uma boa padoca em São Paulo tem PF, feijoada na quarta e litrão em conta. Tem gente que chama bar de padoca – e isso eu nunca entendi, mas tudo bem. É que o rolê aqui é diferente, meu. Aliás, o rolê pode ser em qualquer lugar e tem pra tudo que é gosto, o importante é que não seja uma parada embaçada. Aqui você pode pegar um metrô pra ser hipster alternativo na Vila Madalena e, no lado oposto da mesma linha, curtir uma festa nos trilhos da Mooca. Pinheiros é logo ali. O Braz então, menina, nem te conto. É uma belezinha pra quem quer madrugar atrás de roupas baratas.
Ainda assim, bato o pé pra dizer: você não deveria conhecer São Paulo. É uma cidade grande demais pra algumas pessoas. Eu mesmo já fui engolido algumas vezes, mesmo achando que já sou metade paulistano. Ela assusta porque te abraça. Faz sentido? Se não faz, você vai precisar vir pra cá entender um pouco. Passar um tempo sozinho até fazer amigos. Passar mais um tempo sozinho até começar a frequentar a casa de uma galera que não é a galera da balada que você sempre vai. Passar mais um tempo combinando de cozinhar na quarta, porque quinta você vai ter happy hour da firma. É que aqui em São Paulo as coisas começam antes da sexta-feira, mano. E quando você for ver, passou tanto tempo que você foi ficando, ficando e ficou de vez. Esse é o perigo de São Paulo: parece areia movediça. E o problema é que você pode acabar gostando de fincar os pés aqui.
Além disso, foi aqui que eu conheci lugares incríveis nos últimos tempos. E queria compartilhar com vocês um pouco sobre a minha história, como eu vim parar aqui e como esses lugares e a tecnologia me ajudaram e me redescobrir. A Motorola me convidou para explorar as minhas conexões com São Paulo com a proposta do HelloCidades. O projeto convida você a usar o seu smartphone e a tecnologia para conhecer sua cidade e criar novas conexões com os espaços e dar novos significados a eles. Se você quer saber o que tem de bacana na sua cidade, acessa aqui: http://www.hellomoto.com.br/hellocidades/. No vídeo, eu mostro 4 lugares especiais pra mim na companhia do moto x⁴, o novo aparelho da Motorola. Dá o play pra ver!