Estou sofrendo com o fim.
Todos os dias penso em mil maneiras de te convencer a voltar e te provar que mesmo quando estávamos mal, estávamos melhor do que separados.
Na verdade, eu acreditava nisto.
Só me dei conta de que pra você, estarmos juntos se tornou um fardo quando você terminou.
Eu cheguei a um ponto tão absurdo que aceitaria qualquer coisa apenas para ficarmos juntos.
Racionalmente, eu sei que foi melhor terminar. Que chegamos a um ponto nocivo para ambos. Mas emocionalmente, não consigo me desligar da esperança e do sonho de ficarmos juntos e voltarmos a ser como éramos no começo.
Sinto um dor tão intensa que chega a ser física, ao pensar em tantos planos jogados fora. E, ao mesmo tempo, em como nossos planos eram vagos e subjetivos, mesmo com tantos anos de relação.
Me questiono como nunca construímos nada juntos e como nunca evoluímos. Aliás, regredimos, porque perdemos a única coisa real que tínhamos: nossa ligação simbiótica.
Quando penso em voltar, é inevitável pensar em voltar como éramos no começo e aí me dou conta de que não éramos realmente felizes há tempos. Mesmo assim, dói pensar no fim.
Dói pensar em recomeçar, porque isto significa te esquecer. Esquecer tudo o que vivemos, sentimos, partilhamos.
Mas ao mesmo tempo, dói pensar em ficar mais tempo alimentando sentimento por alguém que já não me ama mais.
Estou perdida, confusa, amedrontada. Estou atordoada. Estou insegura, solitária. Estou completamente exaurida.
Não quero te esquecer. Mas preciso.
Preciso encontrar um jeito de voltar a me aceitar e a me enxergar, a aprender que sou capaz de viver sem ninguém, especialmente sem você. De encarar que o centro do meu universo sou eu mesma e mais ninguém.
Encarar que uma relação saudável depende diretamente de como não nos anulamos e nem nos deixamos anular na mesma proporção em que não anulamos o outro.
E finalmente perceber que para eu ser feliz é inevitável que eu não possa ter medo de ficar sozinha, pois isto me fortalece para estar junto apenas de quem me faz verdadeiramente bem.
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