Eu não queria te deixar, mas eu não posso te levar para onde você não quer ir


Dói me despedir de um amor tão bonito, tranquilo e real. Deixar para trás tudo o que construímos juntos, ainda que tenha apenas a ponte entre nós dois, o que já é a maior empreitada da minha vida.

Se eu pudesse, te carregaria a força para onde eu quero ir, que eu ainda nem sei onde é. Mas não posso.

Você é como árvore, gosta de ter raízes, precisa de alguém que queira você para fazer sombra e eu sou como a folha ao vento: quero voar sem rumo e poder sentir a terra, a água e o ar e, quem sabe, finalmente virar ninho para algum inseto morar.

Se eu pudesse escolher alguém, ainda seria você. Mas eu não posso me privar de experimentar tudo o que meus sonhos tocam e nem te obrigar a fazer comigo a jornada que você só quer ver pela TV.

Nossas versões de nós mesmos se tornaram muito melhores depois do “você e eu” e sou eternamente grata por isto, mas eu não tenho mais o que vingar estando aqui, por isso preciso partir.

De você levo lembranças e aprendizados, sem falar nas saudades imensas e no amor que ainda me faz querer ficar.

De nós, levo os risos, os sabores, os toques e olhares.

De mim, levo os sonhos e a vontade de fazer valer a pena o daqui para a frente tanto quanto valeram a pena todos os nossos anos juntos.

E que eu seja para você a doce lembrança de um amor que se foi, mas que não te arrancou a vontade de amar novamente e de acreditar no amor.

Seja feliz, pois eu me lembrarei de você sempre com uma terna gratidão.

Com amor, adeus…

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