5 minas do rap pra você escutar agora


1. Yas Werneck

A rapper carioca, que também é professora e estudante de matemática, tá começando a bombar agora e já emplacou uma música, a excelente “Comeki”, na “Neymar Jr. Mixtape”, um projeto visual da Nike. Nessa mesma faixa, a Yas fala sobre meritocracia e a realidade de quem tem que ralar muito pra chegar lá.

“…Nós tamos desenvolvendo
Não querem ver crescimento
De quem brotou ontem memo

Ontem memo e tô aqui
Represento as namí
Respeitando, aprendendo com quem veio antes de mim

Vão ter que me engolir
Dar like, me ver por aí
Porque gente como você
Tem que babar pra conseguir…”

Outra boa dica da Yas é um single que ela lançou no início desse ano e se chama “Minas”. Quem estiver no Rio e tiver a oportunidade de assistir um show dela, só vai, porque é incrível, ela levanta geral na platéia.

2. Lay

A rapper estreou com seu primeiro EP, 129129, no ano passado e já chegou mandando “saudações a todas as bucetas”. O som da Lay é uma mistura influência das rappers americanas dos anos 90, com dancehall reggae, trap e também um pouco de Funk na faixa “Fal$os”.

Destaque também pra duas músicas desse ep, “Ghetto Woman”, a mais tocada dela no Spotify até agora, e “Mar Vermelho”

3. Tássia Reis

“Se o que eu digo lhe fizer algum sentido/ é porque o sangue de Rainha Nzinga ainda corre em mim” frases como essa fazem parte das músicas da Tassia Reis, que tá na cena faz pouco tempo mas já lançou dois EPs, “Tássia Reis” e “Outra Esfera”. Feminista, a rapper tem algumas referências fortes como Nina Simone e Lauryn Hill. Dá pra pegar essas referências em músicas como “Meu Rap é Jazz”, “Desapego” e “No Seu Radinho”. Mas não faltam músicas com um tom mais militante e mais críticas sociais, como “Ouça-me R M X” e “Da Lama / Afrontamento”.

4. Preta Rara

Com mais de 10 anos de carreira. Preta Rara é também professora de história e ta aí lutando pela valorização do RAP como cultura e pela inserção da história da mulher preta nas salas de aula. Até 2013 ela seguia com o projeto Tarja Preta e desde então ela vem tocando um projeto solo. Suas letras falam sobre empoderamento feminino e racismo baseados nas experiências da rapper. empoderamento feminino, racismo e de experiências vividas pela rapper
Destaque pra “Falsa Abolição”, no álbum “Audácia”, em que ela fala sobre a experiencia crescer sendo uma mulher preta numa cultura branca, sobre o estigma do negro nas midia, na novela e na história como estudamos até aqui.

“”…13 de maio a Falsa Abolição, dos escravos
A princesinha nos livrou e nos condenou
O sistema fez ela passar como adoradora
Não nos deu educação e nem informação

Lei do sexagenário ai foi tiração
Libertaram os negros velhos, sem nenhuma condição
Lei do Ventre livre ou do condenado
Pequenos negros sem pai, para todos os lados

Na escola não aprendi
Aprendi na escola da vida
Estudei me informando atrás de sabedoria…”

5. Issa Paz

As letras da Issa tem duas vertentes principais, a luta contra o machismo e contra a gordofobia e desde os 14 anos já fazia parte das lutas de MCs de São Paulo. Atualmente faz parte do selo DMNA Produções e agora em turnê com Sara Donato trabalha na divulgação do seu novo projeto: Rap Plus Size, um álbum com 13 músicas que conta com a presença de outras rappers brasileiras, como a Tássia Reis e a Preta Rara e tem algumas faixas incríveis como “A Luta Continua” e “Deixa as Garota Brink”.

EI MACHISTA!!!
DEIXA AS GAROTA BRINK!

Curtiu a lista e tá a fim de conhecer mais músicas das minas do RAP nacional?
Escuta essas aqui: https://open.spotify.com/user/12151951221/playlist/6Qqk7NqnXlT8ncz4Djv86k

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