Reggaeton não é só Despacito – e você não sabe o que tá perdendo


 

Você deve ter escutado o hit Despacito nas últimas semanas. Aposto. A não ser que esteja fora das redes sociais, do Spotify, do Youtube ou desse mundão aqui.

A música, do Luis Fonsi, contou com parceria do Justin Bieber e é a música mais tocada no mundo hoje. Com + de 450 milhões streams no Spotify (incluindo a versão remix) e 1,3 bilhões de views no Youtube. Muita gente no Brasil começou a conhecer o ritmo só agora. Mal sabem eles que Despacito já é um hit há meses nos países hermanos e que o Reggaeton já é sucesso por outros cantos da LatinoAmérica há mais de 20 anos. E ainda rola um preconceitozinho com o Reggaeton no Brasil. Afinal, o ritmo se aproxima muito com o funk que a gente tem no Brasil, tanto pela origem social, quanto pela batida. Reggaeton é a música do gueto caribenho.

O Reggaeton nasceu no Panamá nos anos 70, mas aqui ele está em todos os lugares. E começou a explodir no final dos anos 90. Foi em Porto Rico, ali do lado do mar do Caribe, solzão de 40 graus, que o reggae jamaicano se juntou com o hip hop que explodia nos Estados Unidos.

Confesso que até poucos meses atrás, mesmo conhecendo o gênero eu não ligava muito. Na real, nem gostava de Reggaeton. Até que eu me mudei para a Colômbia. O país com alguns dos cantores mais famosos de Reggaeton da atualidade. Entre eles Maluma e J Balvin. Então, não dá pra imaginar que se escute outra coisa nas ruas, nos bares e baladas.

Depois de meses negando, eu me vi sabendo cantar todas as canciones de Reggaeton mais famosas do momento. Como uma nativa, ou quase isso. Por mais que o som e principalmente o idioma pareçam diferentes pra gente, não dá pra evitar. Reggaeton faz a gente querer rebolar a bunda, real. E pode checar com qualquer hispanohablante desses lados de cá, mesmo aqueles que juram que não curtem Reggaeton, eles saberão de cabeça a letra de alguma música do Daddy Yankee ou do Nick Jam e vão dançar junto. (Aproveita e procura aí, “Shaky Shaky”, “Hasta el Amañecer”, “Voy a Beber” e “Tracionore”, adiciona logo na sua playlist).

Falando em playlist, essa semana eu finalmente tirei a minha playlist de Reggaeton do anonimato, tá alí do ladinho da playlist de música clássica. Por incrível que pareça, escuto as duas no trabalho, bendito seja o fone de ouvido. Mas melhor do que a playlist mesmo foram os comentário dos meus amigos do Brasil que, depois do sucesso dos shows do Maluma com a Anitta lá no Rio e em SP, não querem mais saber de outra coisa. Acho ótimo, porque eu não quero chegar de volta na cidade maravilhosa sem rebolar minha bunda em espanhol.

Dá pra resistir?

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