Ode às mulheres morenas


Quando se ama uma morena, sem dúvida alguma, se ama também um pedaço do céu.

Não é fato novo àqueles que se encantaram por uma mulher de cabelos cor de madrugada, estar confusos ou perdidos nas próprias convicções. Ela muda com mais naturalidade que a Lua. Tem em si tantos nuances e formas que deixa sem certeza o pobre enamorado. Mas não menos interessado.

Todos aqueles que dão seu coração à uma morena são voluntariamente condenados à ver olhos brilhantes e céus em supernovas a cada vez que ela sorri. Mas também podem conhecer o breu tão escuro quanto seus cabelos sempre que ela lhes trouxer suas nuvens. Então, estejam cientes de que amar uma morena é como ser um astronauta: ter a oportunidade de ver as maiores maravilhas e ao mesmo tempo estar sob o constante risco de perder o ar por causa delas.

Desejo coragem aos amantes da mulher que tem em seus fios o espaço, pois fatalmente estes irão sentir demais. Ela está acostumada a fazer tudo de forma intensa, ainda que na maioria das vezes serena, e você estando ao lado dela vai precisar se acostumar. Ela é imensa.

Elas costumam ser diferentes das outras na constante inconstância. Quente ou fria, em cachos ou retas, curta ou longa: a cada encontro será uma nova. Quando se ama uma morena, quando se quer realmente conquista-la, é preciso ter a ampla compreensão de quem ela é, e valorizar cada pequena transição em sua escala de infinito.

Quando ela for chuva, se molhe. Quando ela for neve, se agasalhe. Quando ela for granizo, receba-a. Porque, as vezes, ela vai ser um céu estrelado, e quando ela o for, meu amigo, você vai ter finalmente conquistado a mulher de cabelos negros. Mas aproveite, porque nenhuma bandeira se finca por muito tempo em seu solo. Amanha ela já é outra, e é justamente aí que reside sua maior beleza.

Quando se ama uma morena, se ama a noite, e a noite é diferente a cada dia. Lembre-se que é no escuro dos seus cabelos onde moram os perigos. Bem como os prazeres.

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