A gente pode continuar querendo, desejando e amando, ainda assim, a gente dá um jeito de seguir a vida, de passar por cima, de se virar.
A saudade pode nos corroer por dentro, mas a gente aprende a sorrir de novo, a beijar de novo, a amar de novo e até a sofrer de novo, mas de um outro jeito. E aí, aproveita a aprende a superar de novo.
E com o passar do tempo, a gente também percebe que sente saudades, mas que não quer mais de volta, porque o que a gente queria de volta eram as coisas como eram antes e não essa pessoa que a tal pessoa é agora.
Olhando para trás a gente percebe que a nossa vida amorosa nada mais é do que uma daquelas colchas de retalhos feitas pelas avós, com retalhos de tamanhos variados e cores que nem combinam, que de alguma forma encontram um jeito de formarem uma colcha única (até bonita), mas que acima de tudo, é nossa. Tão nossa e que nos esquenta no frio das noites solitárias como nenhuma outra.
A gente aprende a sofrer sem sofrer muito, e até a sentir certa saudade da sofrência, afinal ela nos faz sentir mais humanos e vivos.
Se hoje eu sei que a minha vida valeu a pena, é graças a cada amor perdido que me doeu tanto que eu achei que perderia o sentido de viver, mas na verdade a vida me mostrou que esse é só o jeito dela de nos dar novos sentidos para as coisas que, pensando bem, nem faziam tanto sentido assim.
Um brinde aos velhos tempos! É graças a eles que sou essa pessoa cheia de energia para receber os novos tempos de frente: porque graças a eles aprendi a encarar o novo.