A nossa geração desaprendeu a amar


Texto por Lauren Jarvis-Gibson. Retirado do Thought Catalog.
Adaptado por Daniel Bovolento

Vamos encarar um fato: a nossa geração não é reconhecida por ser a mais romântica de todas. Mesmo que sejamos espertos e tomemos as rédeas das nossas vidas, nós não sabemos ter relacionamentos. E pior que isso, nós não sabemos como amar.

Por isso não me impressiona que estejamos todos obcecados por romances antigos e por filmes dos anos 50 que continham cenas românticas que não vemos mais.

Não me impressiona que “O Diário de uma paixão” tenha sido adaptado nos anos 40 e não nos anos 2000.

Hoje em dia, a gente se importa muito mais com nossos status nas redes sociais, com nossas contas no Instagram e com como as pessoas nos enxergam nas redes.

Hoje em dia, a gente se importa em transar com o cara gostoso da balada. Com os dates bonitões. Com gente que pareça um troféu na estante. Queremos prazeres imediatos. Nós não pensamos no amanhã. Nós não pensamos no que realmente queremos no longo prazo.

É claro que eu sei que não é todo mundo que pensa assim. Eu sei que na maior parte das vezes nós somos pessoas decentes e gentis. Sei que queremos amor e que merecemos isso.

Mas os modos de flerte moderno estão fodendo a nossa vida.

Em vez de ficar passando pra direita e pra esquerda em aplicativos de paquera, por que não tirar a cara dos telefones? Por que não olhar ao que existe a sua volta? Por que não olhar pra QUEM está a sua volta?  Nossos smartphones nos fazem ignorar o que está a nossa volta. Fazem com que seja muito fácil evitar contato humano.

E esse é o problema.

Nós não sabemos como começar uma conversa mais. Em vez disso, nós mandamos emoticons e escrevemos mensagens. Nós não sabemos mais chamar pessoas para sair. Em vez disso, nós só transamos com elas e esperamos que elas nutram algum tipo de sentimento por nós também. Nós não sabemos mais amar. Em vez disso, nós só ficamos procurando a próxima coisa melhor. Nós somos lobos em modo de caça. E nós não sabemos como parar isso. Nós não sabemos nem o que estamos procurando.

Saia do seu smartphone. Fale com o cara que tá sentado perto de você. Fale pro cara do bar que você gosta do sorriso dele. Chame aquele cara de quem você morre de vergonha para sair. Chame a guria que faz inglês contigo para um encontro. Olhe realmente para as pessoas. Pergunte a elas o que elas gostam de fazer. O que elas não gostam. Pergunte sobre as coisas nas quais ela acredita, pergunte sobre suas paixões.

E quando você se apaixonar, não afaste isso. Não afaste a coisa mais legal que aconteceu com você nos últimos tempos.

Se você encontrar alguém que te trate bem, não termine com ele para explorar suas opções. Se você encontrar alguém que te ame por quem você é – mesmo com todos os seus complexos – não termine com ele porque você é jovem e quer se divertir. Quando você encontrar o amor, não deixe escapar pelos seus dedos. E não procure amor através de uma tela de celular. Olhe para pessoas de carne e osso. Encare isso, encare seus medos. E não deixe que isso acabe como se o seu celular tivesse descarregado e você tivesse que desligá-lo.


Meu livro novo Depois do Fim acabou de sair nas livrarias. Ele fala sobre a nossa vida depois de perder um grande amor rumo à superação dele. Se você gostou desse texto, eu tô deixando três opções com desconto pra você comprar pela internet.

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