Me desculpe, mas chegou a minha vez.
Vem aqui e deixa eu te falar algumas coisas que estão aqui prendendo a minha garganta como um nó que não consigo desatar. É que já faz tanto tempo que eu te tenho e você também me tem que já nos transformamos tanto em uma coisa só e eu acabando como era ser só eu.
Na verdade isso nunca tinha me incomodado porque, no fundo, me apeguei a você como em um trevo de quatro folhas, como na minha maré de sorte, de amor, de paixão. Mas daí o tempo passou, a paixão ficou um pouco de lado e, como dizem, veio aquele negócio de amor tão calmo que mal dá para sentir. Talvez este seja o problema que está rolando aqui na minha cabeça. Talvez eu não seja marola, talvez eu prefira o clima de mar agitado que nunca fica totalmente na calmaria.
É estranho pensar em como, por tanto tempo, você foi o meu príncipe no cavalo branco que tanto sonhei e hoje me toquei que eu nunca nem fui tão fã assim de andar a cavalo. É esquisito pensar que eu depositei minha auto confiança em outra pessoa e passei a basear todos os meus planos no que ela gostaria de fazer e esquecer, totalmente, do que eu também precisava.
Ah, mas não vai achando que todas essas dúvidas são apenas em relação a você. Eu sou um poço de incertezas. E cheguei até aqui e agora me pego pensando se esse é realmente o caminho que devo seguir ou se não seria melhor jogar tudo para o alto e ver se me encontro em outro lugar.
E daí é que é isso. Talvez eu precise me encontrar totalmente ainda e não esteja preparada para te oferecer apenas metade de mim. Não é justo sermos um e meio se você está aqui do meu lado totalmente e eu ainda não sei de que lado quero estar. E por isso espero que entenda que não é você mesmo, mas dessa vez eu preciso de verdade pensar para que caminho eu preciso seguir. E enquanto eu não souber, me desculpe, mas não posso fingir calmaria se, por dentro, eu estou transbordando demais. E eu transbordo muito. Em tudo.
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