Quero me entregar pra você desde o dia em que te conheci. Não, não é exagero. Desde o dia em que você estendeu a mão pra mim e me deu aquele aperto firme, de gente decidida. E eu morrendo de vergonha, pensando em como minha mão estava ficando suada ali, dentro da sua, que era tão grande que engolia um pedaço de mim. Pois é. Foi naquele dia que eu decidi: eu vou dar pra esse cara.
E desde então a intimidade entre a gente cresceu. Apertos de mão evoluíram pra abraços, beijos na bochecha e – meu preferido – você bagunçando meu cabelo. Cada toque seu fazia a temperatura do meu corpo subir pra 40 graus. Eu queria que cada abraço fosse eterno, queria morar entre os seus braços, com a cabeça encostada no seu ombro e sentindo seu perfume de café. E os beijos na bochecha? Só eu sei como eu desejei que você errasse alguns centímetros, como eu quis ter coragem de virar o rosto na hora certa e transformar aquilo em um beijo de verdade.
Mas a paciência me recompensou e o primeiro beijo veio. Era quente, forte, era um encaixe perfeito. Suas mãos percorriam meu corpo com tanto desejo que em questão de segundos minha calcinha ficou encharcada.
Depois dos beijos vieram os toques. Seus dedos passeavam pelo meu corpo como se ele fosse um mapa que você quisesse desvendar cada pedacinho. E eu finalmente pude explorar você também. Seu corpo não era de quem nasceu na academia ou de quem faz propaganda de cueca em outdoor. Não era perfeito. Mas era perfeito pra mim. Seus ombros largos, suas costas compridas, sua eterna barba por fazer, sua virilha sempre bem aparada. E sua língua… ah, sua língua que me deu meu primeiro orgasmo.
Então, aqui estamos nós. Nesse quarto de hotel, com essa cama nos encarando como se quisesse dizer “estão esperando o que? Tirem a roupa logo!”. Não que eu nunca tivesse te visto pelado e você também já conhecia cada curva minha de olhos fechados. Suas mãos já haviam passeado muitas vezes por dentro da minha blusa, deixando o bico do meu peito duro antes mesmo de você desabotoar meu sutiã. Você já tinha deslizado seus dedos pela minha barriga e, principalmente, pra dentro da minha calcinha infinitas vezes.
Mas foder mesmo, essa seria a primeira vez.
E você nunca forçou a barra, nunca me colocou contra a parede. Você sempre disse que a decisão final estava nas minhas mãos.
Então agora que nós estamos aqui, sozinhos e você estende a mão pra mim, eu olho pra ela e lembro do primeiro aperto de mão de novo.
“Você quer?” você pergunta e eu vejo o tesão brilhando nos seus olhos.
É claro que eu quero.
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