Esse seu abraço apertado diz muito mais do que seu amor. Ele também traduz o seu medo de que eu vá. Fica tranqüila, minha menina. Eu não vou a lugar algum sem você. Não sou passageiro como os outros que já fizeram marcas na sua vida.
Relaxa os dedos no meu pescoço. Eu não vou fugir. A menos que eu te carregue comigo. Te levo para longe, para viajar o mundo, descobrir e viver aventuras. Para viver. Eu sempre voltarei para você. Porque você é para quem eu quero ir depois de dias difíceis.
Confesso que já perambulei por outros corpos. Ia e vinha conforme a minha vontade. E já tive vontade de ficar também, mas é engraçado como nem sempre o timing dá certo. Quis portos certos nas horas erradas e os errados nas horas certas.
Quando a gente fica um tempo e sai, menina, um pedaço de nós não nos pertence mais. Permanece onde nos fixamos. Isso vai tornando mais difícil e decisão de ficar. No começo, temos porções de sobra, que não nos farão falta caso as deixemos.
Mas quando esses fragmentos vão se tornando mais escassos, temos que pensar muito bem se estamos dispostos a perdê-los caso tudo dê errado. Ficar é um risco, mas sair é um sacrifício. Deixamos um pedaço para trás e passamos a carregar algo de outra pessoa.
Com você é diferente. O medo que tava aqui sumiu. E, se eu puder, me deixo por inteiro. Me abraça tranqüila, amor. Me olha sem o pavor de ser a última vez. No que depender de mim, eu não vou a lugar nenhum. Eu vim pra ficar, minha menina. E isso quer dizer pra sempre.
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