[Você pode ler este texto ao som de The Scientist]
Ninguém disse que seria fácil sair de casa e se aventurar pelo mundo, largar o colo da mamãe e ter ninguém para lembrar do guarda-chuva. Ninguém disse que seria fácil na hora de controlar as contas, fazer as compras do mês, apertar aqui e ali pra comprar um abajur novo e redobrar as horas de trabalho pra ter a tão sonhada cama. Não foi fácil, mas você conseguiu.
Ninguém disse que seria fácil superar aquele amor enrolado, que parecia estar grudado na sua pele feito tatuagem. Não tinha laser, esponja ou bombril que o tirasse à força dali. Mesmo odiando clichês, você bebeu, comeu sorvete, cozinhou seu prato preferido e frequentou a academia por 30 dias seguidos dizendo que precisava descontar o estresse, sabendo que não adiantaria. Ninguém disse que seria fácil olhar pro Instagram, se lembrar da tartaruga de pelúcia que ele deu, pedir petit gateau desacompanhada. Não foi fácil, mas você conseguiu.
Ninguém disse que seria fácil entrar na faculdade. Muito menos que seria fácil sair dela. Duas horas de trânsito pra ir e pra voltar, conseguir um estágio pra bancar os livros, virar algumas noites e aprender que nem sempre o que você acha é o certo, que nem sempre elegem o certo. Ninguém disse que você amaria o curso escolhido nem que você teria a completa convicção de que escolheu a coisa certa pro resto da vida. Você nunca vai saber, nunca vai ter aquela certeza. Não foi fácil, mas você conseguiu, não foi?
Ninguém disse que seria fácil escutar o que a gente não quer, sentir angústia numa tarde ensolarada enquanto chupa um picolé no almoço. Também não disseram que ia ser fácil enfrentar o mundo e enfrentar tudo isso aqui dentro, repetindo pra mim mesmo que a gente tem que continuar, o que há de vir tem força, tudo vai dar pé, keep going. Não me contaram que o mundo é um moinho nem que eu me sentiria um estranho no ninho de vez em quando. Não confessaram que eu teria batalhas internas evidentes só pra mim e que o resto das pessoas não ligaria, ninguém liga pro que se passa aqui dentro, só a gente.
Não tem sido fácil, tenho certeza de que você me entende e sabe bem o que eu digo. Não é, nunca será. Talvez eu tenha tatuado um conselho no braço justamente pra não me esquecer disso. Pra não me esquecer de que eu achava que nunca conseguiria me virar sozinho e me virei. Achava impossível superar um amor e superei. Achava que nunca passaria pelo vestibular ou terminaria o curso e formei. É que a gente confunde o que é difícil com o que é impossível, mas não foi. Quando você achar que não dá mais, pegue o meu conselho tatuado (eu te empresto, confia em mim) e pense mais uma vez: “Foi uma luta bonita. Ainda é.”.
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