Alguns são só flores, outros dores. Neste aspecto, virtuais ou reais, amores são amores.
Sou uma dessas pessoas que mora na internet e sempre acreditei em amores virtuais, em sentimentos reais.
No entanto, há que se admitir que são amores ainda mais complicados. A complexidade das relações toma dimensões além do que se pode – literalmente – tatear, ver, ouvir.
Outra questão: nem tudo o que parece na internet é.
Administrar sentimentos é sempre foda. Basta pensar o quanto variamos de hora para outra ou, pior ainda, sentimos tantas coisas ao mesmo tempo…
Com o amor é ainda pior: um turbilhão de sentimentos e pensamentos. E se for virtual, ainda tem os assombros.
Conheci meu atual na internet, mas ele tinha uma @ tão tosca que eu jurava que ele era apenas um cara por quem eu nunca me interessaria.
Quando o conheci (ou reconheci, porque ele conta que já havíamos nos conhecido antes, porém não me lembro), me apaixonei imediatamente.
E, desde então, estamos juntos. Mesmo com a vida virtual de ambos a milhão. Somos viciados em Twitter e isso nunca nos causou qualquer problema.
No entanto, para muitos casais, o Twitter é o lugar onde a discórdia é semeada, germinada, onde ela floreia e dá frutos: a separação.
O segredo, talvez, seja a transparência. Seja que ambos entendam que tipo de interação o outro tem e, com o limite do respeito mútuo. Mas penso eu: se um casal é incapaz de lidar com suas composturas virtuais, mais dia menos dia, eles iriam se separar por conta de alguma situação presencial.
Na verdade, penso que a internet apenas facilita e potencializa as coisas, boas e ruins. E também demonstra logo quem sabe e quem não sabe lidar com a personalidade de quem escolheu para ter ao lado e com a própria, claro. Partindo deste pressuposto, podemos entender que todo amor é válido e real, seja ele de perto ou virtual. (Rimou)
E o melhor de tudo isso, é que temos a chance de fazer da internet um meio a mais para conseguir um amor, para manter um amor e, claro, para destruirmos um amor.
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