“Espero que seja um arraso!”, essa foi só uma das várias frases que ouvi enquanto andava pelo cinema minutos antes da pré-estreia de “50 tons de cinza”. Meninas conversando enlouquecidamente para poder apreciar o poder de sedução e comando do personagem Christian Grey, ou Senhor Cinza. Sim, senhor.
Quando ouvi falar na publicação do primeiro livro da trilogia, fiquei curiosíssima para lê-lo e apreciar uma leitura intimidadora, sexy e casual. Mas, apesar de ser bom, não era o que eu esperava, já que o terceiro livro da trilogia acabou da forma mais simples e clichê que os livros do Nicholas Sparks acabam. Confesso que foi como ficar inevitavelmente excitada e broxar posteriormente no decorrer do último livro. Triste fim do sexo casual para o sexo “mimimi”.
Inconscientemente eu estava animada para assistir a tão esperada adaptação do “quarto vermelho da dor”, dos chicotes e tapas, do plug anal, do primeiro oral da Ana e… das frases. Que decepção. Apenas fui prestigiada com uma ou duas frases como a incrível “Primeiro, eu não faço amor, eu fodo. Com força”, mas tapas? Por favor, até meu irmão de 10 anos bate mais forte. Chicote? Não foi o descrito no livro. Cadê os brinquedinhos? O tão esperado plug? E cadê o Sr. Grey ensinando a tímida Ana a fazer um bom oral? Que nada. Balela.
Foram duas horas de filme que me fizeram rir! E sabe quem saiu do filme superexcitada e terminou os três livros superexcitada? Mulheres que não possuem seus desejos sexuais ativos ou colocam-nos em prática. Mulheres que não possuem relações com uma grande ocorrência.
O filme poderia transmitir mais excitação a todos, caso não tivesse a classificação de 16 aninhos, no entanto, a diretora que eu não sei o nome – me julguem – preferiu fazer algo tão ruinzinho que fez até os fãs ficarem boquiabertos com tamanha ridicularização dos personagens.
Primeiro: Jamie Dornan, meu queridinho, você não sabe interpretar o Christian Grey. É uma pena a sua escolha, uma pena que você fique tão bem nas fotos e tão ruim na atuação. Sinto muito, mas você foi uma das causas que ajudaram o filme a ser um fiasco. Não há sensualidade nas suas palavras nem no seu “sorriso de canto”, que particularmente eu achei esquisito. Já a Dakota Johnson, cinco estrelas para você porque eu duvidava da sua capacidade, mas está de parabéns! A sensualidade da Dakota foi utilizada a favor da Anastasia. Mais cinco estrelas. A mulher incorporou a virgem tímida e desastrada (vulgo Bella Swan? HAHA) e “lacrou” na cara daqueles que duvidaram da capacidade de atriz dela. Eu dou like na Dakota e dislike pro Jamie.
Segundo ponto falho são as cenas de sexo. Ok, eu já debati sobre a classificação, mas o livro possui cerca de 20% de “romance” e, é claro, todo o resto é baseado na arte da dominação de Christian sobre Anastasia. Sexo, o resto é o sexo. E o filme? Diretora que eu não lembro o nome, você ferrou no filme! Quanto romance para um filme que deveria falar sobre dominação, não é mesmo? Foram cerca de 60% a 70% de romance e o restinho, mísero restinho, de sexo. Desapontada.
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