Poucas coisas me fazem chorar. Poucas mesmo, conto nas mãos. Não foi o caso desse vídeo.
Passeando pelo meu Facebook, um amigo compartilhou o vídeo com o título “Quem é perfeito?”. De pronto respondi mentalmente: ninguém, mas algumas pessoas chegam perto disso. Assisti ao vídeo e tive que limpar algumas lágrimas do olhos em seguida.
A gente passa uma vida inteira reclamando das gordurinhas, do sobrepeso, do nariz que não gostaria de ter, da falta de peito e de diversas coisas que a gente mudaria na gente. Ainda assim nos identificamos com atores de televisão, de cinema, grandes pessoas públicas e tudo mais que projetam na mídia uma ideia de que ser diferente do padrão ideal de beleza é comum e não tem nada a ver com sucesso ou fama. Quando a gente se vê representado em sociedade, a gente se sente confortado de alguma forma. Agora imagine as pessoas que não se vêem representadas em lugar algum?
Uma organização pró-deficientes físicos chamada Pro Infirmis criou uma campanha de representação. Alterou manequins de vitrines, que são nossos modelos mais corriqueiros de corpo, ainda que sejam bem diferentes da realidade. A construção dos manequins possui uma importância gigante: representar aqueles que tem deformações corporais mais sérias e incomuns e que não se sentem representados, e que muitas vezes têm vergonha de se olhar no espelho. Vocês imaginam como isso deve afetar a autoestima de alguém?
Eu também não imaginava. Até ver o vídeo e me emocionar. Quem é perfeito? Todos nós. Todos nós somos.