4 frases de cinema que você deveria conhecer (e refletir sobre).


Personagens de cinema, geralmente, refletem tipos humanos dos mais diversos. São comportamentos que geram identificação justamente por retratar na ficção as histórias que muitos de nós vivemos. E, nesse mundo que cruza a realidade e a imaginação, algumas tramas chamam a atenção por seus diálogos impactantes que marcam de alguma maneira, seja pelo conteúdo ou pela semelhança da cena conosco. Alguns desses diálogos merecem destaque por uma série de reflexões que nos trazem. Abaixo, estão listadas 4 frases de filmes interessantes – e fica a dica para quem ainda não conhece nenhum desses filmes que pertencem ao gênero de drama e falam sobre o comportamento de indivíduos em diferentes situações.

1) Um beijo a mais  (The Last Kiss)

“Pare de falar sobre amor. Todo idiota do mundo diz que ama alguém. Não significa nada. O que você sente apenas importa para você. É o que você faz para as pessoas que você diz que ama, isso é o que importa. É a única coisa que conta.”

Aquela promessa de amor que você já ouviu de algumas pessoas durante a sua vida amorosa não valeram de nada. E o mesmo serve para todas as juras de amor que você fez a alguém. Em si, aquele nosso “eu te amo” de cada dia é completamente descartável. O pedido de provas de amor também parece ser algo bem inútil, já que só você consegue entender como se sente em relação a alguém. Qualquer idiota consegue dizer que ama alguém e basear um relacionamento nesse combo de palavras bonitas que a gente tem tanto receio em ouvir ou dizer. O problema é que a gente acha que a promessa é o tal do “eu te amo”. Mas não é. O que conta aqui é o que você faz com esse amor todo que você diz ter e como isso se traduz na sua relação. Se não te faz bem, não deve ser amor, por mais que o outro diga e você ache que é. Se você não faz bem a quem ama, considere-se só mais uma pessoa que fala sobre amor pelo mundo.

2) (500) Dias com Ela(500) Days of Summer

“Olhe, eu sei que você acha que ela era a mulher da sua vida, mas eu não acho. Eu acho que você só está lembrando das coisas boas. E da próxima vez que olhar pra trás, deveria dar uma segunda olhada.”

Quando acaba, a saudade costuma mostrar só a parte boa. E é isso que alimenta a maioria das recaídas e das fossas sentimentais pós-relacionamento. A falta é grande e a gente costuma associar todo o relacionamento às lembranças boas. A tal “pessoa da sua vida” não passa de alguém com quem você teve uma história que acabou. E, se acabou, significa que algo de errado aconteceu ou que uma das partes viu algum erro no relacionamento. Se houve desgaste e você sabe que, no fundo, foi melhor seguir sozinho, não há porque sofrer à noite sentindo falta de algo que não fez bem no longo prazo. É que a gente pensa no início, nas noites frias e na falta da companhia. Se você olhar de novo por trás do ombro e se esforçar pra enxergar o passado, é possível que você veja e analise e extensão do que foi o seu relacionamento num total. Podia ser a tal pessoa da sua vida. Mas você não era a pessoa da vida dela(e).

3) Um beijo roubado (My Blueberry Nights)

“Então o que há de errado com a torta de amora?
– Não existe nada de errado com a torta de amora. É apenas que as pessoas fazem outras escolhas. Você não pode culpar a torta de amora, é só que ninguém a quer.”

Esse é um daqueles filmes que fazem você passar por um processo de reflexão forte sobre vários segmentos da vida. Mas o diálogo em questão possui um ponto forte: por que a gente sempre acha que existe algum problema com a gente só porque não somos correspondidos o tempo todo por quem queremos? A metáfora da torta de amora mostra que o controle sobre o outro não nos pertence. E esse nosso jeito de achar que existe um problema só porque não fomos escolhidos nos revela um tanto quanto egoístas e pessimistas. Egoístas por acharmos que deveríamos ter sido escolhidos. A outra pessoa tem direito de preferia outro sabor à torta de amora. Ou pode não gostar de amora. Cada um faz a escolha que melhor convém aos seus desejos e anseios. E o pessimismo se expressa quando temos que justificar a escolha do outro nos pondo pra baixo ou tentando inventar algum defeito inexistente que dê razão ao caso. Seria melhor se encarássemos isso tudo como uma escolha que não depende de nós, e não como uma rejeição.

4) Closer – Perto Demais (Closer)

“Eu não te amo mais. Adeus.”

O que eu sempre escrevo: foi amor. Você sabe que foi. Mas acabou. Chega uma hora que você precisa reconhecer que a história de duas pessoas chega ao fim por uma série de motivos possíveis. Desgaste, fim do companheirismo, perspectivas diferentes, outras pessoas e uma lista sem fim que não poderia ser descrita neste tópico. Chegar à conclusão de que o barco está a ponto de naufragar e ter a coragem de se despedir pra se atracar ao mundo desconhecido em alto-mar é uma das coisas mais difíceis de um relacionamento. Parece doer ter que dizer ao outro que acabou. Como se houvesse culpa ou medo de ficar sozinho ou medo de se aventurar de novo ou medo de ver que o outro também pode dar as costas e ir embora. Encaixotar as coisas e bater a porta é, talvez, o maior pulo de paraquedas de olhos vendados que um relacionamento pode apresentar. Mas, lá na frente, você acaba vendo que a melhor relação é aquela que faz bem pra gente de uma forma completa. A relação que é morna e que nos mantém sentados numa sala de estar sem programação é uma relação semi-morta. Dar adeus pode ser recompensador depois de algum tempo.

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