Canalha.


Have you never met a woman who inspires you to love? Your life begins with her, and without her it must surely end.

Ao som do instrumental de “Nothing on you”.

Que existem mulheres mais bonitas que você lá fora, existem. Que existem mulheres que dançam com maior charme e elegância, existem. Que existem dezenas que me querem, existem. Mas nenhuma é tão interessante quanto você, menina.  Elas são apenas mulheres iguais a outras tantas que eu já encontrei na vida. Um beijo, um trago, uma cama e fim de história com elas. Com você é diferente. Nem meu charme, nem minha habilidade com vinhos e palavras te conquistam facilmente.

Por que você é tão tímida, menina? Acho tanta graça na tua forma de recolher o rosto com as mãos que não consigo disfarçar o sorriso quando falo com você. “Canalha”. É o que você me diz sempre que eu dou o meu sorriso para você. É aquele especial, com direito a piscadinha e uma gargalhada nervosa em seguida. Você confunde o meu nervosismo com más intenções. Longe de mim. Contigo eu só tenho boas intenções. Boas intenções de te ganhar, custe o que custar, dure o tempo que for, usando quantos sorrisos forem necessários para te fazer mais feliz. Pra te fazer mais mulher. Pra te fazer mais minha.

Faz um esforço, vai. Eu não sou dos piores que você já viu. Eu sou bonito, tenho charme, sei falar de tudo o que você gosta de ouvir. Mesmo que isso signifique aprender um pouco sobre esse seu pop rock indie, all stars sujos, séries de TVs nerds e entender por que você gosta tanto do som de vinil (que nem é lá grandes coisas). Tô tentando te trazer pro meu mundo, sabia? Ninguém entende que eu vejo em você uma coisa que nunca vi nas outras: esperança.

Acredita em mim, eu não sou desses canalhas convictos. Longe de mim. Mas a gente vai aceitando as condições e acaba se perdendo. A âncora do comodismo sempre foi mais pesada que a minha vontade. Além disso, existe a diversão por trás disso tudo. Facilidade, mulheres bonitas, pecados gratuitos, uma maravilha. Até que você cansa. Ou até que eu me apaixone por você. Mas você resiste bravamente dizendo que eu não faço o seu tipo e que tem o menor interesse em mim. Uma pena: você poderia ser meu guincho e me retirar do fundo do mar.

Mas olha, eu estou aqui. Do seu lado. Tentando te provar que eu posso mudar, mesmo que essa “malandragem” – que você cisma que não sai de mim – não deixe eu te mostrar. Eu quero te fazer acreditar que aqui existe um menino, talvez da sua idade, talvez um pouco mais novo, que precisa que alguém aposte nele. Mas não serve qualquer aposta, não serve que sejam pessoas que queiram modificá-lo apenas pelo prazer do desafio. Tem que ser voluntário, tem que ser de verdade. E eu vi nos teus olhos um brilho diferente. Acho que, no fundo, você acredita em mim. Acredita na gente, de verdade. Eu não vou desistir de você. Nem agora, nem nunca. “Canalha”. Você diz mais uma vez antes de me dar um beijo de boa noite e me dizer que talvez acredite, talvez não queira entrar no meu jogo, talvez eu seja perfeito demais pra você, talvez você não queira se perder completamente. Mas olha, me faz um favor: me dá a mão e deixa eu te provar que quem perde o mundo sou eu. E construo um mundo melhor com você.

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