O mundo é tão grande e a gente fica aqui, presas pelos nossos medos, pelas nossas inseguranças. Tem tanta coisa para conhecer por aí, menina, tem tanto lugar bonito para você ver que, se eu te falar, você nem acredita!
Vai por mim, parece assustador, mas quando você conhece aquele lugar lindo que só tinha visto antes no Google e sente a brisa passando pelo seu rosto e o vento entra pelas suas narinas e você sente o cheiro do novo, é uma mistura maluca de quem mal consegue acreditar que aquilo tudo está realmente acontecendo. Sabe aquele negócio de “me belisca para ver se eu estou sonhando?”, é bem essa sensação mesmo. Um negócio que você só quer olhar e gravar aquele exato momento na cabeça para não esquecer nem mesmo quando for velhinha e tiver os seus 80 aninhos.
Mas nem sempre é fácil, vou te contar. Tive que vender coisas que não usava, tentar arranjar uns trocados extras, planejei por um tempão para conseguir por meus planos em prática. Mas valeu a pena. Valeu a pena, inclusive, todas as noites mal dormidas por causa dessa minha crise de ansiedade gigante. Valeu a pena os choros de medo antes de me aventurar pela primeira vez. Afinal de contas, a gente ouve cada coisa, né? Mas somos fortes, somos independentes e, se não tiver ninguém que tope se aventurar ao nosso lado, vamos nós. A gente precisa se bastar até para isso, cara.
E não precisa largar tudo, não. Vai quando der, não tem pressa. A vida é longa pela frente. Se ainda não deu certo é porque o mundo tá conspirando para, quando der, ser ainda melhor. Mas me promete uma coisa, menina? Não desiste não. Não desiste de conhecer o que você tem que conhecer. Não desiste de ir para onde tiver vontade, de experimentar tudo o que tiver vontade de experimentar e depois volta aqui e me conta tudo, me conta tudo o que você trouxe na sua bagagem – e olha que não estou falando das suas malas, mas das coisas que viu, as palavras que aprendeu, quem conheceu, o que viu por aí e sim, também me traz aquelas fotos de Instagram, as fotos com o pau de selfie. Vamos dar risada dos perrengues e ter ideia do próximo destino.
Mas jura para mim, menina, não vai deixar de viajar se puder, se tiver vontade. Não vai deixar ter medo, se sentir insegura ou impotente. Você é força. Vai viajar, vai lá e depois volta para sonhar mais com as próximas. Eu te prometo que vai valer a pena.