Eu não consigo esquecer o gosto da pizza de mozarela.
Eu não consigo esquecer o brilho do seu sorriso.
Eu não consigo esquecer o caminho que meus dedos percorriam pela sua cabeça raspada. Eu não consigo esquecer às vezes que eu me atirava em você como piada, tão óbvio que era divertido.
Eu não vou esquecer de cada vez que sua mão esbarrou pra minha, mas não se esquivou depois. E eu não vou esquecer da sua respiração enquanto eu massageava as suas costas, tocando partes desconhecidas da sua pele que eu queria desbravar.
Eu não vou esquecer de cada passo sincronizado, de quando eu fiquei na ponta do pé para encostar a minha boca na sua. E eu não vou esquecer dos seus olhos fechados enquanto eu me perdia em você. Não consigo esquecer o som da sua gargalhada, o seu olhar de atenção, o seu toque de surpresa.
Não vou esquecer a segurança dos seus braços, não vou esquecer do espaço que ocupamos na sua cama, não vou esquecer o sussurro na minha nuca. Não vou esquecer a dor do adeus, o frio da distância do abraço, a confusão da incerteza e a hora de ir embora. O som do despertador não me deixa esquecer de quando eu precisei sair da sua cama – não sem antes te lançar um último olhar cúmplice que disse que nos veríamos novamente.
Eu não vou esquecer nenhuma das falas, nenhuma das frases soltas e certeiras que pareciam não calculadas. Eu não vou esquecer a cor da sua pele iluminada pelo sol da manhã. Eu não vou esquecer nenhum detalhe. Eu vou recontar nossa história de mil formas diferentes, e em todas elas vou lembrar de nós e sorrir da mesma maneira. Com carinho e saudade. Com a certeza de que te vejo de novo.
Em breve.
