Obrigado por ter levado tudo


[Você pode ler este texto ao som de Collide]

Não é cinismo, eu juro.

De vez em sempre é necessário recomeçar: tenho essa péssima tendência de me deixar levar pela inércia das coisas, de achar que tudo tem um “curso natural” e que não preciso fazer nada pra “vida perfeita” acontecer.

Os maiores tombos são os que mais acordam (afinal, só nos machuca de verdade quem gostamos) e acho que esse foi o maior de todos. Foi bom pra lembrar que nenhum plano é escrito em pedra, que qualquer rumo pode se tornar oposto num piscar de olhos.

Que não é só porque existe carinho e respeito que necessariamente um relacionamento dure. Que algumas pessoas simplesmente não nasceram pra certas coisas. E que tudo bem não estar com a “vida ganha” a essa altura do campeonato. Nada nunca acontece do jeito que planejamos, não é mesmo?

Aliás, foi ótimo pra rever meus conceitos.
O que é sucesso, afinal?

Eu podia ficar me lamentando pelos sonhos que você levou embora: casamento, filhos, restaurante e afins. Mas eu vim aqui agradecer.

Pela história que tivemos juntos, por quanto ensinamos um ao outro e muito além: por ter sido “obrigada” a começar de novo, e principalmente, por ter forças para isso. Feliz de mim, que tenho saúde e uma puta vontade de ser feliz. Se eu sou uma ilha de esperança rodeada por frustrações, é porque esse tinha que ser meu caminho. Que as conquistas terão sempre os melhores gostos.

Torto, errado, atrasado, incompleto. Mas meu, e só meu.
Então de novo: obrigada por ter levado tudo. Foi só pra me lembrar que eu sempre sei como recomeçar.

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