Mãe sempre sabe


Elas sabem. Elas sempre sabem, sabem exatamente onde dói, seja por dentro ou por fora. Conhecem todas as nossas caras, vontades e gritarias. E “porque não” sempre será resposta, e isso é tão incontestável quanto a sentença de um juiz. Queira você ou não, elas têm toda a razão. As detentoras da verdade absoluta possuem o dom de ensinar, mesmo que na marra, tudo aquilo que se a gente não aprender agora, o mundo não será tão gentil para fazer com que a gente aprenda. Desde a toalha molhada em cima da cama à preguiça de acordar cedo para estudar.

Hoje você não vai, recolhe aquele tênis da sala, peça desculpas a sua irmã. Agora! E eu não quero ouvir mais um pio, entendeu? E ai de você se tentar levantar o tom de voz, moleque!

Somos seres tão únicos e especiais que elas fazem questão de repetir isso em alguns momentos de tensão ao dizer que ‘’nós não somos todo mundo’’.  Solteiras, casadas, homens, tanto faz. Instinto materno não tem a ver com condição física, civil ou sexual. Apenas não mexa com a cria destes seres super protetores. Só eles têm o direito de corrigir as nossas atitudes, você não!

Morar longe delas é, de longe, uma das melhores coisas que pode acontecer para o nosso crescimento. Para amadurecer nossas dúvidas a ponto de torná-las certezas. É quando começamos a engatinhar pelo destino, arriscando a própria sorte e sentindo saudade de casa. Da roupa limpa, do almoço quentinho e do Nescau com leite e desenhos animados pelas manhã. Os pesadelos da vida quase adulta precisam ser resolvidos em nossos travesseiros (antes monstros e abismos, agora boletos atrasados).

Já não podemos mais correr para o quarto ao lado em busca de ajuda, não há nada lá, a não ser as nossas caixas de roupas, livros e folhas ou o nosso roommate.  Tudo o que nos resta é aprender da forma mais difícil. E olha que elas nos avisaram antes, não avisaram?

Sempre digo que, se você quiser saber se eu sou um cara legal, pergunte aos meus amigos. Agora, quando quiser saber se eu sou bonito, pergunte a dona Udila. É batata!

– MÃE, TERMINEI!

Usaremos essa frase ao longo dos anos, por inúmeras vezes. No começo serão os banhos e as idas ao banheiro, depois os deveres do colégio e em seguida os relacionamentos e as parcelas do carro ou do apartamento. De fraldas cagadas às 3 da manhã a términos de namoro, elas aguentam todo e qualquer choro porque não há dor ou problema tão grande que um colo de mãe não resolva.

Vai chegar o dia em que, talvez, precisemos retribuir tamanho cuidado que recebemos, a elas e aos nossos possíveis filhos. Que o tempo lhes tire as forças dos braços, das pernas e da memória, mas nunca a do coração e dos sorrisos. Quem sabe a gente precise ouvi-las por horas ou contar-lhes estórias para dormir, como fizeram inúmeras vezes ou, quem sabe, fazer aviãozinho de comida para alimentar ainda mais o real significado da palavra gratidão.

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