Um coisa que tem me incomodado muito na música é o fato de que nada tem me prendido a atenção depois que eu ouço. Sinto falta de me empolgar de verdade e passar semanas escutando a mesma música como costumava fazer tempos atrás quando descobria novos artistas e sons diferentes. Não tem sido tão recorrente, mas ainda rola de encontrar algo bacana, mesmo com os discos meio mornos que saíram ultimamente. Por isso, resolvi separar algumas coisas que me surpreenderam nos últimos tempos e que têm se mantido na minha playlist atualmente.
Years & Years
Eu espero ansioso todo início de ano pra que a emissora BBC lance sua lista com as maiores revelações da música daquele ano no intuito de pesquisar tudo sobre cada um dos artistas e achar algo novo. O primeiro lugar da “Sound Of 2015” foi o trio de ingleses Years & Years.
O som deles é um synthpop super suave mas animado que serve tanto pra curtir na balada quanto pra passar o tempo em casa. Foi uma liberdade danada quando escutei “King” pela primeira vez na balada e cantei com tudo jogando os bracinhos pro alto.
Mais deles: Take Shelter, Desire e Worship.
MØ
A MØ bombou de verdade lá no ano passado, mas na animação pro show dela que tá pra rolar por aqui no Brasil eu comecei a ouvir de novo os trabalhos da cantora. Encontrei um cover incrível que la fez e não sei por qual motivo passou despercebido. Mesmo com toda a roupagem nova dessa versão de “Say You’ll be There” eu me lembrei de quando era novinho e escutava cassetes das Spice Girls no meu walkman.
Todo o trabalho dela dá esse sentimento nostálgico de estar ouvindo um pop antigo mas com todo o trabalho de produção que eu curto reparar. Os sons minimalistas embalando uma letra sobre fim de relacionamento – que só agora mais velho faz algum sentido pra mim.
Mais: Pilgrim, Fire Rides e XXX 88
San Cisco
Essa banda é um amorzinho antigo que eu redescobri com o disco mais recente deles. A San Cisco chama atenção de diversas formas, primeiro nas letras deles que costumam falar de um jeito super descontraído de relacionamentos complicados, em sua maioria as “crushes” do vocalista Jordi. Depois, os vídeos deles que sempre são muito bonitos e divertidos e, por último, por eles serem da Austrália e aparentemente qualquer música que sai daquele país é sensacional.
Todo esse indie rock marcadinho deles me lembra lá de 2005 quando eu comecei a ouvir minhas primeiras bandas de rock alternativo e pode ter certeza que é lembrando disso que vem uma animação e dá pra me ver sempre no ônibus a caminho da faculdade batendo pezinho animado.
Mais: Run, Too Much Time Together, Fred Astaire
Johnny Hooker
Uma coisa pra qual eu não costumava dar muita atenção são os artistas brasileiros e o Johnny foi um super achado. O pernambucano já teve algumas bandas e até participou do programa Geléia do Rock, mas é na carreira solo que tem chamado bastante atenção.
As letras são todas pra sofrer, dor de cotovelo forte, coisa de abandono, daquelas de cantar no bar depois de já ter virado uns copos. Junte isso com o sotaque carregado, a voz rasgada e toda a performance do Johnny no palco que lembra um misto de Ney Matogrosso e Freddy Mercury e sai um resultado maravilhoso.
Seu single mais recente é Amor Marginal que é trilha da atual novela das 21 (sua segunda música na TV), além de já ter tido uma faixa no aclamado filme “Tatuagem”.
Mais: Volta, Alma Sebosa e Só Pra Ser Teu Homem
Quais outros artistas novos você ouviu e acha bacana? Conta pra gente!
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