Já não tinha mais medo de admitir: era amor


[Esta coluna fala de sexo e é recomendada para maiores de 18 anos]

Que outra razão ou explicação teria por sentir-se feliz e realizada pela primeira vez na vida? Chegou finalmente sua vez: estava finalmente completa, com tesão nos olhos e amor no coração. E a melhor parte? Tudo isso era completamente correspondido.

Encontrou nele a combinação perfeita de tudo aquilo que desejara sempre (e que tantas vezes não encontrou em outros corpos) com o que nem sabia que queria pra si. Um mundo novo de descobertas prazerosas diariamente. Algo que fazia ela parecer uma adolescente idiota quando fechava os olhos e suspirava.

Ele a tratava com respeito e carinho, além de trazer para a relação o nível de fogo e intensidade mais que necessários (que ela nunca tivera). Ela, ninfomaníaca assumida (e pela primeira vez, sem medo de assumir-se assim). Ele, idem.

Havia algo invisível entre eles que esquentava automaticamente o ambiente quando estavam juntos. Deve ser o que chamam de “química” por aí: transavam sempre e em qualquer lugar. Exalavam tesão – e não há melhor forma de descrever.

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Surpreendia-se sempre com a própria capacidade de pensar tantas formas de agradá-lo romanticamente; mas que invariavelmente, tivesse segundas intenções intrínsecas e acabasse em sexo.

O melhor sexo de sua vida, por sinal.

Desse tipo que começa antes mesmo de se encontrarem, quando a vontade e a imaginação ainda falam mais alto e voam além do que quer que esteja fazendo, encontrando-se em formato de provocação leve e tarada, além de descontraída. Desse tipo que faz planejar a música, a lingerie e a posição. Que causa calafrios e histórias eróticas intensas na imaginação em horário de expediente. Que só deseja que o tempo passe logo.

Desse tipo que dispensa palavras no encontro e faz faísca com olhares. Que num, abraço já deixa com vontade de rasgar as roupas. Esse mesmo, que tem preliminares tão longas desde o primeiro beijo, num tom provocante e desafiador da libido do outro, testando os limites do desejo e provocando instintos, sentidos e sensações até que o gozo fale tão mais alto que o sexo se torna uma necessidade.

Necessidade incontrolável de transar, de fazer amor. Penetrar e gozar do jeito mais intenso que o corpo de ambos permitir. O tão sonhado sexo perfeito, que tantas outras pessoas afirmaram outrora que não existia estava ali, acontecendo com ela na proporção perfeita de amor e tesão que trazem os melhores orgasmos. Juntos, separados, múltiplos, diurnos, noturnos, telefônicos, presenciais…

Era sexo, e também era amor. E não existia sensação melhor que essa no mundo todo.

Amanda

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