O conceito de namorada sempre foi muito importante pra mim. Pode ser que The Cure tenha culpa nisso, ou que eu tenha visto filmes demais. Meu psicólogo disse que pode ter sido o divórcio dos meus pais, meus amigos do poker dizem que pode ter sido minha insegurança com as apostas.
Não sei quem acertou, mas a verdade é que sempre me senti mais confortável sabendo onde eu estava pisando. Uma noite é uma noite, amor de carnaval é amor de carnaval e namoro é namoro. Quando se está solteiro as possibilidades são infinitas, você tem a oportunidade de conhecer um mundo a cada noite que sai. E é por isso que a ideia de namorar sempre teve tanto valor pra mim, eu queria alguém que, mesmo com tanta variedade me fizesse ter vontade de ficar.
Com você eu fico. Fico para um café ou pra vida toda, é só você me dizer. Não penso muito no tipo de relação que temos ou me importo que outros casais tenham rotinas menos alternativas que a nossa porque aproveito todo e qualquer segundo estando contigo. Não preciso me preocupar com o futuro quando você é o meu presente. O melhor presente que eu já ganhei.
Outro dia você me disse que “Nada nunca foi convencional com a gente, meu bem” e isso é verdade. Já passamos de “amigos” há muito tempo e “namorados” parece não dar conta. Não tenho certeza se já inventaram um nome para o que nós somos.
Desde de que nos aproximamos eu percebi que o único rótulo que eu preciso é um que me prenda bem forte a você. O que eu procurava, por tanto tempo, em outras garotas já não procuro mais, declarações públicas e jantares a luz de vela de repente parecem clichês e sem emoção. Não quero ser padrão, quero ser seu.
Eu percebi que você, meu bem, não precisa ser minha namorada. Você só precisa ser, ponto. O que você for, se for comigo eu já basta pra mim porque, como eu disse, o conceito de namorada sempre foi muito importante para mim, mas você sempre foi muito mais.