(Por Gabriela Cadamuro)
Depois que, finalmente, a saga Maze Runner (James Dashner) começou a ser adaptada para as “telonas”, trouxe junto os rumores de que o filme era uma “cópia” ou algo muito semelhante com Jogos Vorazes (Suzanne Collins), apesar das diferenças de cenário e formas de personagem, enredo, história e tudo o mais.
A discussão feita era que Maze Runner (filme,2014) tinha muita coisa igual no sentido, se comparado a Jogos Vorazes (filme, 2012). Como por exemplo, eles entram em um determinado lugar para, posteriormente, correrem o risco de morrer, e sem saber como sair daquela “prisão”.
No meio disso tudo surge uma dúvida minha: Maze Runner se passa em uma clareira, eles não se lembram quem são e nem onde estão, enquanto Jogos Vorazes se passa em distritos, que todos têm noção, se conhecem, e sabem que todo ano serão escolhidos, meramente, um reality show. Sendo assim, por que comparar?
Eis que surge então mais uma confusão: Divergente (Veronica Roth) começa a ser adaptado (antes de Maze Runner) e, decorrente disso, começam os burburinhos de uma suposta “coincidência” com Jogos Vorazes (explicando: os burburinhos já existiam antes de Maze Runner e depois que o filme estreou, aumentaram).
Vamos entrar num acordo: todas as três “sagas” são ótimas, indiscutivelmente em algum momento se parecem, tanto na questão de ir para morrer ou em outra qualquer.
Jogos Vorazes tem personagens centrais que lutam contra o governo, para conseguirem viver em paz, sem que seja necessário um reality show em que pessoas morrem (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência). Já Divergente é uma sociedade dividida por facções, por exemplo, se você é pacífico, pertence à amizade; se é corajoso, destemido, pertence à audácia e assim vai. Nesta sociedade, você vive para sua facção, e deve honrá-la, a não ser que você tenha todas as facções dentro de si, sendo um divergente. E por fim, Maze Runner, onde vários meninos de uma mesma idade se encontram, não sabendo nada além do nome. Eles ficam em uma clareira cercada por um labirinto gigante que possui criaturas capazes de matar à noite. E a história muda quando uma garota surge trazendo uma mensagem. Eles precisam sair do labirinto para sobreviver.
E aí BOOM! Eu encontrei a semelhança entre as sagas: sobrevivência em uma sociedade anormal a qual você não se sente pertencente. Convenhamos que a sociedade em que vivemos também é anormal, então todas as sagas, talvez, façam uma crítica a esta sociedade. O que acham disso?
Não podemos esquecer que Jogos Vorazes já está indo para seu terceiro de quatro filmes, com uma expectativa de todos (e de mim, claro) muito alta. Enquanto Divergente está em seu primeiro filme, tendo o segundo com estreia ano que vem (2015). E Maze Runner igualmente, com estreia ainda não definida para o segundo filme. E sim, todos os filmes me deixam em uma expectativa avassaladora. Meu coração não aguenta.
Para fechar, digo que todas as sagas são maravilhosas, apesar de não ler os livros referentes ainda, mas todas me prenderam de um jeito fascinante e muito “porra!”, se me entendem. Cada uma tenta mostrar uma forma de viver em sociedade. Acho que foi uma tacada de mestre dos escritores.
AAAAAAH! IA ME ESQUECENDO! James Dashner disse que, após ficar sabendo da comparação de Maze Runner com Jogos Vorazes, ele se sentiu totalmente honrado, pois é muito fã da trilogia e de Suzanne e que isso só ajudou no crescimento e na procura por seus livros.
Fica a dica: Jogos Vorazes – A Esperança I estreia no fim de novembro e você já poderá conferir o desfecho da história de Katniss.