Você que nunca levou um pé na bunda tenha certeza de que a sua hora vai chegar. E, tecnicamente, essa não é uma dessas pragas inteiramente ruins. Às vezes é necessário que a gente passe por algumas decepções na vida para aprender mais sobre as pessoas, ficar mais com o pé no chão, e principalmente, ganhar experiência de vida para levarmos aos próximos relacionamentos. Levar um fora nunca é uma situação agradável, mas a gente (depois de alguns dias ouvindo músicas de fossa e tomando sorvete direto no pote) percebe que de uma forma ou de outra, ficamos mais fortes, mais espertos com essas peças que a vida nos prega. O que importa, no fundo, é que depois de levar um pé na bunda, você não se esqueça dessas lições.
-
As coisas nem sempre são como queremos.
Infelizmente, ou felizmente, o que planejamos nem sempre acontece da forma que esperamos. Quando entramos em um relacionamento, a gente acaba fazendo mil planos, e isso, definitivamente não é algo errado (ao contrário, é disso que se formam as relações). Mas, é preciso ter a consciência de que as coisas podem sim mudar algum dia. Ninguém começa a namorar com outra pessoa esperando que tudo chegue ao final, e no meio desses sentimentos e paixões, acabamos nos deixando levar por aquele sentimento de que “vai durar para sempre”. Às vezes dura mesmo para sempre, mas (muitas vezes), a paixão acaba inesperadamente, e ficamos perdidos para qual caminho seguir. O meu conselho é: siga em frente, conheça novas pessoas, saia com os amigos, se deixe passar pela fase do “luto pós-término”, aprenda a ser feliz com sua própria companhia, e depois, não se deixe perder em meio a sentimentos remoídos e frustrações. Aprenda a lidar com o fracasso, e saiba que o fracasso de hoje, pode ser o seu sucesso amoroso de amanhã (parece meio clichê, mas é fato).
-
Você em 1º lugar.
Uma coisa que aprendi na raça depois de vários términos de relações frustradas foi a me amar mais. Parece que não faz nenhum sentido? Mas faz todo o sentido possível. Quando levamos um chute de alguém, nos sentimos a pior pessoa do mundo, a mais feia, a mais idiota possível. E nessa fase que está aquele velho perigo que nos faz rastejar atrás da outra pessoa implorando para que volte com você. E daí sabe o que acontece? Todo o nosso valor é jogado no lixo depois de ser pisoteado por nós mesmos. Quando eu digo valor, eu me refiro ao nosso ego mesmo. Acho que, às vezes, é importante que nos coloquemos em primeiro lugar para saber que, se a outra pessoa não está mais afim de você, outra pessoa (que até mesmo combine mais e te faça mais feliz ainda) pode estar ou vir a ficar. Acho que, se a gente não se amar, não enxergar o próprio valor, nenhuma outra pessoa o fará por nós. É importante que a gente se ame muito e todos os dias, sem nenhuma vergonha por isso.
-
Tem muito peixe nesse mar.
Tem muita, muita gente nesse mundo e felizmente somos todos muito diferentes (e alguns, bastante iguais) em muita coisa. Se não deu certo com alguém, não ache que você nunca mais vai encontrar ninguém que te faça feliz. A gente só encontra alguém bacana para estar ao nosso lado quando nos damos essa chance, quando estamos abertos a conhecer novas pessoas, descobrir nossos gostos, novos jeitos, e fugir do velho recalque (como já dizia a Valesca).
Mas, ao mesmo tempo, não adianta nada você logo que passar por uma decepção amorosa sair correndo atrás de outra pessoa para suprir a sua carência e preencher uma lacuna que você não consegue preencher sozinho. Quando ainda estamos machucados por um relacionamento anterior e entramos de cabeça em um novo, muitas vezes o resultado é desastroso. Isso porque, no fundo, todos os defeitos que temos e nem percebemos continuarão ali, e as mágoas passadas e comparações surgirão quando você menos esperar, machucando também um possível relacionamento que poderia até dar certo, mas já começou errado.
-
Não queira ser o que você não é.
Eu costumo falar que as pessoas não mudam, ao menos que sintam uma necessidade real de mudar alguma coisa que não está fazendo bem. O maior erro das pessoas é achar que são capazes de mudar coisas nelas mesmas que não as incomodam de verdade, somente para agradar outras pessoas. Por maior que seja o sentimento em relação ao outro, é difícil vestir uma máscara e fingir que somos alguma coisa que não somos de verdade 24 horas por dia. E tentar fingir ser algo que não é para “prender” outra pessoa é um dos maiores erros que podemos cometer, porque, no fundo, ficaremos insatisfeitos com atitudes que estamos tomando não concordamos, estaremos enganando também a outra pessoa e vivendo uma fantasia em prol a um relacionamento baseado em uma mentira.
Acho que a gente precisa se dar a chance de encontrar uma pessoa que aceite nosso jeito de verdade, que não olhe com maus olhos o nosso mau humor matinal, as nossas implicâncias com a programação da televisão, com o nosso jeito de dar risada, com o nosso humor tão idiota. Não vale a pena, de nenhum jeito, esquecer do que somos realmente para agradar outra pessoa que nem mesmo se esforçou para nos enxergar e nos aceitar como somos de verdade.