[Você pode ler este texto ao som de Thank You For Loving Me]
Não sei descrever o prazer que sinto ao te olhar nos olhos e ver teus sentimentos escancarados ali. Nem preciso que me diga nada.
Eu não preciso de planos traçados pra um futuro onde nem sei se existiremos, não preciso te ouvir falando constantemente dos teus sentimentos, não preciso de declarações de amor compactadas em 140 caracteres, não preciso que grite ao mundo aquilo que você sente. Eu me contento em guardar baixinho só pra mim.
O que eu quero de verdade é você ao meu lado pra ouvir uma música boa, pra deitar em um gramado e passar horas olhando a Lua, quero a intimidade de estar em silêncio ao teu lado, de curtir os teus cheiros depois de um banho, quero poder ficar abraçada contigo e te ouvir cantando baixinho ao meu ouvido, mesmo que desafinado, essas notas todas que falam por ti.
Quero que você continue desordenando as minhas pernas, acelerando meu peito como nenhum termogênico faz, e me dando aquele beijo de surpresa que bagunça o meio de campo. Quero degustar as tuas delícias. Quero deitar contigo no tapete do teu quarto e assistir um daqueles documentários que falam da vida e de como pessoas diferentes podem ser felizes num mundo como o nosso. Quero ter o prazer de ouvir as tuas elucubrações e ver tuas razões estampadas ali. Quero te ver me olhando e me fotografando com os olhos – posarei com todo prazer.
Posso ouvir teus gritos de desespero por mais silenciosos que eles sejam e sei que posso estar aí pra te dar um abraço de urso, um beijo entre os olhos e um sorriso de calmaria.
Posso não ter falado de amor em nenhum momento, mas ele preenche o espaço de cada entrelinha dessa. E eu sei que também não preciso gritar pra que você saiba disso, te sorrio com os olhos e você me percebe por inteiro.
E como eu sei disso?
É que você é a pessoa mais parecida comigo que eu conheço, só que do lado avesso.