Revendo meus filmes preferidos cheguei à uma conclusão. Não defendo os mocinhos ou os protagonistas, mas sinto como se fossem patéticos.
Não sei se essa minha preferência por vilões é algo explicável. Mas entendo perfeitamente o porquê de gostar mais deles.
Meus vilões são mais humanos. Mesmo que não o sejam, eles se mostram mais próximos a mim do que os heróis. Meus vilões têm as falhas, as virtudes, a ignorância, a inteligência, a soberania que eu tanto prezo.
Nada seria dos heróis sem seus inimigos. E os vilões ainda possuem a característica mais humana que eu poderia querer ver para simpatizar com alguém: Eles se importam demais. Importam-se com o que causarão a alguém, em como vão conseguir organizar seus planos, em como farão para ter sucesso ou para lidar com o fracasso. Não que isso seja de uma forma positiva, justo que na maioria das vezes não é.
Mas meus vilões apresentam características que possuem a decadência humana, sem o esplendor e a glória de ter que acertar o tempo todo, de ter que ser o melhor o tempo todo. Além disso, eles ainda possuem um grande trunfo: a possibilidade de superação e recuperação.
Meus vilões não são malignos. Malignos são os heróis chatos que brincam de ser Deus. Eles são apenas humanos.
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