Eu me sinto frágil. Frágil como uma florzinha em meio a um vendaval.
O vendaval em questão pode ser a vida e suas nuances. O vendaval, para ser mais clara, seria esse nó que sobe a minha garganta, escurece minha visão e dispara o meu coração. Sensações essas que vem quando menos espero e em qualquer lugar que eu esteja.
Eu me sinto frágil. Frágil porque empatia tem um significado lindo, mas poucas pessoas sabem realmente o que significa. Poucas a praticam.
Sinto-me frágil porque estou em sala de aula, sei a disciplina, a aula está interessante, e do nada sinto vontade de chorar.
Sinto-me frágil porque há mil pensamentos pairando aqui ao mesmo tempo. Frágil porque não posso chorar, porque não quero me admitir frágil. Não quero tentar explicar o inexplicável para um monte de curiosos. Frágil porque chorar em público já se tornou tão banal que eu já posso até colocar no meu Lattes que tenho especialidade ou mestrado em ser sensível e sentir tudo que há no mundo de forma arrebatadora.
Sinto-me frágil porque fico querendo controlar o incontrolável.
Frágil porque cobro demais de mim.
Frágil porque há coisas que não tem explicação. Frágil porque quero tudo com exatidão.
Frágil, apenas.
Dias atrás li um artigo que dizia que são as fragilidades da vida que nos impulsionam a seguir. Então vou seguindo, desembaço a visão, dou um sorriso, coloco como nota mental um “eu vou conseguir”, e sigo sem ninguém perceber que escrevi isso tendo uma crise de pânico. Ser invisível, às vezes, tem suas vantagens.
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