Algumas pessoas dizem que está faltando amor no mundo. Outras, dizem que está faltando demonstração, mas o amor está aí. Já eu, perdi a conta de quantas vezes o amor foi parado no meio do caminho, com um sinal vermelho escrito “medo”.
Talvez por um consenso de que o amor é sinônimo de decepção ou de dor iminente, ao primeiro sinal de apego algumas pessoas correm, ou impedem outras de se aproximarem mais por medo. Medo de se apegarem mais, medo de ferir ou medo de serem feridos. Seja qual for o caso, esse medo é trapaceiro e egoísta.
Enquanto você freia qualquer tipo de relacionamento por medo, você está desperdiçando uma chance de ser feliz. É que a gente tem errado na cabeça da gente que o amor é um sentimento que vem e deve ficar a vida inteira. A pessoa quando vem, precisa ficar para sempre, trazer filhos e uma felicidade de novela que, de fato, pode não acontecer.
Mas o amor não deve ser resumido a isso. O amor é um sentimento diário. Isso é, ele pode e deve te fazer bem hoje. Se fizer bem amanhã também, ótimo. Se ele resistir até sexta feira, melhor ainda. Porém, muitas vezes ele não tem nem a chance de se acomodar antes de ser mandado embora. Então, como dá pra saber quanto tempo ele pode ficar?
Talvez se não pensássemos tanto no “felizes para sempre”, poderíamos nos atentar mais aos pequenos sinais gradativos que nos fazem bem. É um sorriso inesperado, uma surpresa boa, uma antecipação e é deixar o universo de uma outra pessoa cruzar com o seu.
É claro que o amor deixa marcas, mas isso não é tudo. Há tanta coisa que você pode conhecer e aprender com outra pessoa, que se negar esse privilégio por medo é quase egoísmo. Porque se há alguém disposto a estar com você, acredite: ela talvez até tenha medo de se magoar, mas sabe? Ela está abrindo mão disso, porque a vontade de te conhecer melhor, de te fazer bem e de estar bem com você é maior que o receio. E talvez, magoar ou ser magoado não dependa só da pessoa. Há uma série de coisas no mundo que pode interferir e causar mágoas, mas culpar só o amor é covardia.
Você já parou para pensar em todas as coisas que você talvez não teria perdido se tivesse permitido que alguém tivesse ficado? Já pensou em quantos novos filmes teria visto, quantas músicas teria decorado e quantos lugares teria conhecido? Já pensou em quantas noites poderia ter passado acompanhado, e quantos momentos bons você poderia ter vivido?
E sinceramente, ter deixado isso tudo de lado por medo de se magoar… Te fez mais feliz?