Por um mundo com mais amores offline


E quem disse que demonstrar amor é isso? A gente demonstra amor no dia a dia, na compreensão, na paciência, no café da manhã, no jantar, no trânsito, nos problemas, na vontade, no diálogo, no shopping, na TPM, no chopp, no futebol…

Esse negócio de postar centenas de fotos, escrever textos parecidos pra todas as ‘namoradas’ durante a vida, comprar mil presentes, escancarar felicidade pra terceiros… Isso tudo não adianta nada. Qualquer um faz. É fofo até certo ponto, depois vira puro exibicionismo.

Se quer saber, desconfio de quem fica mostrando amor demais pros outros. Quer provar algo pra alguém? Que tal começar provando pra si mesmo? “Eu te amo” em menos de 3 meses de namoro soa tão falso quanto nota de 500 reais – e ainda tem gente que acredita.

O amor, gente, exige muito chão. Não é tão fácil nem tão rápido assim, não. O nome disse é macarrão instantâneo. Ninguém é perfeito pra ninguém, não. Isso se chama paixão. E essa pode ir na mesma velocidade que vem. Não é porque ainda não é amor que não é algo bonito e que tem tudo pra vir a ser e durar muito, ok?

Ah e segundo meus cálculos aqui, a quantidade de foto que o casal publica nas redes sociais é inversamente proporcional ao tempo que o relacionamento dura.

Pode reparar: os quietinhos são os que permanecem, os que superam os obstáculos, os que continuam em meio ao caos, os que enfrentam as crises, os que agem mais e falam menos.

Os exibidos não aguentam a pressão. Depois vem dizer que não deu certo por inveja alheia. Que nada! Invista mais tempo amando quem está do seu lado do que se mostrando no Instagram, escolha alguém que realmente combina com seu jeito e não aquele que fica mais bonito na sua selfie, gaste horas conversando e menos a bateria do celular, olhe várias vezes para os olhos e poucas para câmera.

Foca no abraço e desliga do restante do mundo. No lugar onde ficar offline é mais importante que online há mais chances de nascer amor. Nos outros, adianto, o solo é totalmente infértil.

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