Ainda não é tarde demais


[Você pode ler este texto ao som de Only One Who Knows]

Ultimamente as ruas têm estado tão populosas: as calçadas, as avenidas, os transportes públicos e alguns bancos da praça. É gente apressada para todo lado, gente que tromba em você e não te nota, gente que te olha e não te vê.

E mesmo com tanta gente, tanta gente em tanto lugar, você ainda vai se flagrar em uma sexta à noite, sozinho em casa, com um copo de café que já esfriou na mão, a TV ligada só para ouvir uma voz que não a sua. E vai pegar seu celular, olhar os contatos por ali e pensar em alguém para ligar.

São tantos contatos, tantas possibilidades, tantas conversinhas pela metade, tanto vazio ocupando um cartão de memória… Mas você só precisava de uma. Só queria que uma atendesse, uma respondesse, uma te chamasse para salvar o tédio. Você só queria que uma pessoa sentasse com você, olhasse nos seus olhos por alguns minutos e fizesse você se lembrar do que é sorrir.

Uma pessoa nova que, embora possa acabar da mesma forma como as últimas, te dá novas possibilidades, novas vontades, emoções e sensações. Uma pessoa nova com histórias diferentes, com um canino um pouco desalinhado que acaba virando um charme. Um charme que te diga que não: ainda não é tarde demais. E que em cada rua abarrotada, pode haver uma nova chance, uma nova possibilidade.

Ou mais um café para você sentar e repensar na vida. Um café para mostrar que você também pode ter o que você precisa.

Lembranças podem ser um vórtice tortuoso, mas não saber seguir em frente e encontrar a felicidade sozinho, também.

guto

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