[Você pode ler esse texto ao som de Best Mistake]
Sabe, eu me dei conta disso semana passada.
Você é um erro que eu vou cometer.
Eu sei disso. Tenho plena certeza e sei de todos os riscos. Sei até que daqui a um tempo, eu vou me odiar por esse momento e me perguntar onde eu estava com a cabeça: em um momento eu tinha tudo aparentemente sob controle, então porque eu decidi abri mão de tudo e me envolver em um erro?
Eu poderia culpar o seu sorriso, o seu toque e o seu jeito de me beijar. Seu jeito de se apoiar em mim na escada rolante. A tatuagem no seu braço que envolve meu pescoço às vezes. O seu hábito de usar minhas roupas nas suas fotos, as minhas roupas nos dias frios, nenhuma roupa em outros dias. Enfim.
Eu poderia culpar seu cabelo loiro e seu convite para tomarmos banho, mas a verdade é que você me deu algo que eu não experimentava há muito tempo: o poder de ser eu mesmo, sem máscaras, sem jogos, sem meias verdades.
Você me deu a sensação de estar à vontade. De dizer qualquer coisa, de não dizer nada. De te tocar e de te beijar sem ter que pedir, e de não ter que esperar isso em troca. Quando você quer, você vem.
Você vai ser um erro, porque você não vai ficar. Não saber quando o fim vai chegar é angustiante, mas não se preocupar com ele é libertador.
Você me dá o hoje. O agora. Nem o daqui a pouco. O amanhã, talvez não. Mas o hoje.
Hoje você me respondeu e hoje você vai sair comigo.
Hoje você quer me beijar e você vai fazer isso.
Hoje vamos ouvir sua banda favorita, dançar uma música ou outra e, com sorte, vamos cochilar por vinte minutos antes de eu ter que ir para qualquer compromisso.
Mas é isso.
São os vinte minutos.
Os vinte minutos que eu sou mais eu do que nas outras vinte e três horas e quarenta minutos.
Você é um erro que eu vou cometer, porque quando eu posso ser eu mesmo do seu lado, é o maior acerto que já fiz na vida.