Seja lá como você queira chamar o dia 31 de Outubro, ele parece a desculpa perfeita para assistir um bom filme de horror. Aproveitando o embalo recente do Halloween, a gente faz algumas sugestões, focando em filmes recentes que podem ter fugido dos seus olhos – alternativos e/ou nem tão comentados assim, mas que valem a sua atenção!
Saca só:
It Follows, de David Robert Michell (2014)
Um clássico moderno, It Follows (ou Corrente do Mal, como foi traduzido aqui), tem todos os elementos de um bom filme de terror, seguindo as regras à risca (um salve ao falecido Wes Craven): adolescentes em perigo, um assassino invencível e a discussão eterna sobre sexo. De fato, o filme pode soar um pouco moralista para alguns (mas afinal, que filme de terror realmente não é moralista?), ao discutir sexo sem proteção com uma metáfora certeira para DSTs, mas seus aspectos técnicos são de qualidade inegável: a trilha sonora do Disasterpeace nos transporta direto para o universo do filme, os planos grandiosos do diretor Mitchell conferem beleza e uma surpreendente poesia aos personagens (que até parecem um Clube dos Cinco do horror) e a menina Maika Monroe está perfeita como Jay Height: fazia tempo que uma protagonista não causava tanta empatia.
Cheap Thrills, de E.L. Katz (2013)
O sinistro Cheap Thrills não parece um terror a princípio, mas depois que a perversidade de sua narrativa vai ficando mais e mais latente, você fica com seu estômago revirado e percebendo que o ser humano é um fodido porque se entrega aos delírios do dinheiro. O filme acompanha um casal de milionários estranhos que paga valores absurdos para que dois amigos de infância cumpram tarefas absurdas, que vão de brigar entre si, defecar (sim) na sala do vizinho e fazer o próprio dedo mindinho de refeição (não estou brincando). Perversidade é a palavra repetida e correta para Cheap Thrills. O filme não tem piedade nenhuma em jogar na sua cara a pergunta importante: o que você não faria por dinheiro?
Goodnight Mommy, de Severin Fiala e Veronika Franz (2014)
Austríaco, o filme que começou a hypar por aqui no começo é um desses que te pega de calça curta mais perto do fim. Sem spoiler: Goodnight Mommy, que acompanha o relação de uma mãe que passou por uma cirurgia no rosto e seus filhos gêmeos, vale por completo, tanto pela sensação de estranhamento trazida pela ambientação imagética e caracterização dos personagens, quanto pela surpresa (muito anterior à revelação final) da exposição de quem é o verdadeiro vilão desta história. Com uma direção delicada, cuidadosa, a última cena, inclusive, é um dos melhores planos que vi este ano.
The Battery, de Jeremy Garder (2012)
Para você que acredita ter em The Walking Dead a melhor história de zumbis do mundo: convenhamos que a série tem suas derrapadas e temporadas quase inteiras sobre o nada. Dane-se, porque zumbis são demais e a gente ama, mas The Battery (ou Ben e Mickey contra os mortos, como foi traduzido aqui) surge como um ótimo respiro no desenvolvimento de personagens sem a necessidade de matá-los após torná-los interessantes. Acompanhando a dupla de sobreviventes, ex-companheiros de beisebol, por um mundo apocalíptico, o filme tem todo um terceiro ato agonizante (no melhor sentido), além de ter a melhor trilha sonora para filmes de zumbis que eu já ouvi em vida. E em sobrevida também, provavelmente.
E aí, que filmes de terror são os seus favoritos? Já assistiu a algum desses acima? Compartilha com a gente nos comentários!
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