[Você pode ler este texto ao som de I Walk The Line]
Meus amigos sempre alertaram: “Ela é o tipo de garota que vai te atropelar sem nem precisar de um carro”, mas no fundo eu confesso: desde que você botou os olhos em mim desse jeito que me embriaga é exatamente isso que eu quero.
Você é meu exercício de autocontrole que nunca dá certo. Escrevo discursos e ensaio no espelho todas as coisas que quero te dizer e quando você chega as palavras já não importam. Nossa comunicação se basta com meus olhares, seus sorrisos, nossos cheiros e muita imaginação.
Eu sempre escondi meus amores em longos silêncios, mas você me faz ter essa vontade de gritar pro mundo e foda-se. Meu mundo cômodo tinha amores feitos apenas de papel, e contigo eu fui obrigado a descobrir o peso de um amor de vida real.
Engraçado como logo eu, que tanto descrevo e pinto coisas da imaginação, com você não preciso de absolutamente nada além de um toque para incendiar-me o corpo e te transar com a mente: confesso que adoro suas pequenas torturas, como roçar-me a perna por baixo da mesa ou gemer ao pé do meu ouvido em público.
O problema é que toda vez que você vai embora faz um frio glacial aqui no Rio de Janeiro, eu juro.
Entende de uma vez, menina: eu quero tudo com você, menos essa distância. Sempre me pego a dois cliques de pegar um avião e tocar sua campainha num domingo de chuva só pra ver sua cara mista de surpresa e alegria, além desse sorriso largo, pertinho de me beijar.
Deixa, vai? Vamos viver o amor que até hoje eu só li em livros e o sexo que só tivemos na minha imaginação. Eu quero te marcar, ser mais uma das tantas tatuagens que você tem pelo corpo. Quero o teu gosto na minha boca, minha mão pelas suas curvas, seu suor escorrendo em mim. Quero fazer amor de olhos abertos, pra ter certeza que dessa vez é de verdade. Quero te ouvir gemer, quero que nosso gozo seja sincronizado.
Quero que me tire o fôlego (dentro e fora da cama), quero meus sonhos com você feitos realidade: eu tenho uma boca, duas mãos, dez dedos e todo o resto do corpo empenhados unicamente em te dar prazer. Ah, e pode deixar que depois eu compenso os puxões de cabelo com cafuné.
Vem, que eu tô morrendo de medo mas quero viver você inteira, menina. Assim, sendo eu mesmo, cru e livre de filtros: com meus pensamentos mais íntimos e minhas vontades mais sinceras. Devora minha fama de bom moço, tá aqui meu coração.”
Seu menino
–
“Eu sei que meu jeito incomoda. Sei que essa fama de menina-que-devora-bons-garotos assusta. Também sei que entre nós há distância, diferença de idade e um medo que vai a pé de São Paulo ao Rio de Janeiro.
Por outro lado, aprendi há tempos que quando há reciprocidade, não há obstáculo que seja grande o suficiente: se as duas partes querem, dá-se um jeito. E por você, menino, que fique bem claro: eu daria um jeito todos os dias.
Quanto tempo até você perceber que é por você que fecho os olhos? Quantas diretas (agora já nem mais cuidadosamente disfarçadas de brincadeira) você ainda precisa ouvir da minha boca para acreditar que eu te quero?
Eu não preciso de rodeio, menino. A única demora que quero ao seu lado envolve um quarto, uma cama e nenhuma roupa. Deixa esse medo de eu te devorar pra lá e me permite entrar: na vida, no quarto, no pensamento e no seu sexo.
Me deixa te beijar a boca, rasgar a roupa e arranhar as costas. Escuta meu gemido no teu ouvido e entende que meu gozo fácil é culpa tua. Olha nos meus olhos e te envergonha ao ver que o que eu sinto é ainda mais prazer em te encarar enquanto me penetra.
Me conta sua fantasia mais insana e deixa o tabu de menino politicamente correto porta afora: vem realizar comigo na vida real o que eu tenho certeza que sua mente já reviveu infinitas vezes. Transforma a vontade em memória, goza alto e abafa meu riso enquanto ainda sente o espasmo de prazer percorrer o corpo.
Goza comigo mais umas três vezes e me faz desistir comer seu coração no café da manhã do dia seguinte. Fica, pede uma pizza comigo, brinca de pillow talk, escuta essa música fofa. Dorme de conchinha e quando eu for embora pra longe, me deixa com saudade. Faz planos e prova pro mundo que o amor que você tanto escreveu nos textos existe na vida real. Supera comigo os comentários, os preconceitos e cala a boca de todo mundo que achou que a gente não combinava.
Vem comigo, menino: transar e amar podem andar muito bem juntos e ninguém te contou isso até hoje.
Quero ser feliz contigo a ponto de deixar Eduardo e Mônica no chinelo. “
Soon to be, sua menina
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