O Imagine Dragons já é grande conhecido de todo mundo, apareceu e ganhou visibilidade logo quando surgiu com “It’s Time”, o primeiro single de seu disco de estréia, o Night Visions de 2012, produzido pela banda em conjunto com Alex Da Kid. O disco estreou em 2º lugar na lista da Billboard e ficou no topo dos charts de rock de vários países. Daí pra frente foram colhendo os frutos dos singles seguintes como “Demons” e o super hit “Radioactive”.
Após o sucesso da Into The Night Tour, que teve seu encerramento num show incrível e cheio de energia no Lollapalooza Brasil do ano passado, a banda deu uma pausa nas atividades para começar as gravações de seu segundo disco, o Smoke + Mirrors, que teve boa parte do seu material escrito enquanto a banda estava na estrada com a turnê.
A faixa escolhida para ser o carro chefe do novo álbum foi “I Bet My Life” que apesar da letra sensacional (que Dan explicou ser sobre a sua relação com os pais), não trouxe grandes mudanças ou evolução na sonoridade da banda. O single seguinte foi a maravilhosa “Gold”, que é impecável em todos os sentidos e a grande responsável pela decepção que foi o disco.
Depois da abertura “Shots” e a já citada “Gold”, chega a faixa que dá nome ao álbum, a primeira que começa com uma ambientação muito boa e chega num refrão gritado que não mantém o fôlego. Em seguida, em “Im So Sorry”, vem uma esperança com o instrumental pesado pra cantar bem alto o que talvez seja uma das melhores frases do disco e que cresce para um solo de guitarra que acaba antes de chegar aonde deveria e novamente quebra o clima.
“So you gotta fire up, you gotta let go. You’ll never be loved till you’ve made your own”
O Smoke + Mirrors segue nesse clima de músicas épicas, com instrumentais que crescem e ficam prestes a estourar no clímax, mas que no fim das contas não chegam em lugar nenhum. Além de boa parte dele me dar a impressão de já ter escutado aquelas músicas em algum lugar. Talvez isso tudo seja causado pela pressão em fazer um novo álbum logo para aproveitar o hype colossal que foi colocado em cima deles e por esse material ter sido produzido em grande parte ainda com os integrantes da banda imersos no clima do “Night Visions”.
Pra não falar só de defeitos, posso destacar a “Friction” e quase no fim, “Hopeless Opus” que me arrepiaram todo e conseguiram dar uma salvada no disco. Além de tudo, não há como negar que a produção do disco melhorou muito em termos técnicos, o que é um avanço, já que o disco foi praticamente inteiro escrito e produzido pela banda, contando com a ajuda de Alex Da Kid somente em duas faixas.
Apesar do disco de estúdio ter sido esse banho de água fria, sei que ao vivo eles conseguem dar um gás absurdo nas músicas, além de trazer os hits do trabalho anterior pra animar mais ainda seu púbico e mostrar que são mais que só um truque de fumaça e espelhos.
Você pode ouvir o álbum inteiro no Spotify.
Eles farão dois shows no Brasil, no Rio e em São Paulo, pra quem quiser aproveitar a vibe contagiante da banda ao vivo.
No Rio, os ingressos custam entre R$ 110,00 (pista, meia-entrada) e R$ 450,00 (camarote, inteira) e estão à venda desde 2 de fevereiro para o público em geral. Para o show de São Paulo, os valores ficam entre R$ 130,00 (pista, meia-entrada) e R$ 550,00 (pista premium, inteira), no site www.ticketsforfun.com.br, nas bilheterias do Citibank Hall e demais pontos de venda autorizados. A classificação etária para ambos os shows é de 14 anos.