Prefiro sorrir


[Você pode ler este texto ao som de Me Adora]

Você que me dizia para eu sempre dizer o que penso. Para não esconder meus sentimentos, porque isso, um dia, iria me deixar louca. Então, seguindo o seu conselho, vou te dizer: Quando fiquei sabendo que não deu certo pra você, eu sorri.

É cruel falar isso? Sim. Egoísta? Com certeza. É vil, mas humano. E talvez essa última condição justifique todas as outras negativas que possam ser associadas a minha reação (de sorrir). Quando me dei conta da minha pequena alegria, tive vergonha de mim, confesso. Mas eu não serei hipócrita ao dizer que senti muito quando os seus planos também acabaram.

Não que eu queira os nossos de volta. Não que eu queira você de volta. Agora, depois de muitas tentativas, eu estou bem. Mas me doeu muito quando vi que, para você, foi tão fácil. Aquela velha dor no ego, que mais parece uma adaga no coração, me marcou forte e ficou lá até eu receber a notícia. Quem segurava a faca contra o meu peito, soltou e eu respirei sem medo.

Eu sei que não é bonito falar isso e estou me pondo na mira de muitos julgadores que andam soltos por aí – como se eles nunca tivessem sentido isso… Mas eu estou pondo para fora aquilo que a garganta já não ia dar conta de segurar por muito mais tempo. Era isso ou eu ficar louca. E entre essas opções, eu prefiro sorrir.

Leca

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