Fala, galera! Essa é a estréia da coluna “Eu e Elas” que vai trazer semanalmente algumas mulheres para discutirem comigo sobre algum assunto. O tema dessa semana é um trecho do livros Os Indecentes, Stella Florence. A passagem em destaque questiona a gente sobre a formação de novos amores. Será que a gente procura nos novos amores uma cópia daquele tal grande amor da nossa vida que marcou tanto?
Bem, eu acho que a gente tem algumas tendências de repetição e, uma delas, é exatamente essa: tentar remendar o que não deu certo com pessoas parecidas no futuro.
Sem muito blá, blá, blá: eu perguntei pras meninas o que elas achavam sobre o assunto e, bem, elas podem falar melhor que eu. Espero que vocês curtam!
Bocuda, nerd, tatuada. Cervejeira de carteirinha e blogger por acidente. Além do sorriso no rosto, mantém paixão absoluta por bacon e sexo. PS: E não tem vergonha de falar ou demonstrar sentimentos. Segue lá no @amanda_arm
Será que as pessoas se cobram razões demais e por medo, amam de menos?
Honestamente, acho que se amor fosse fácil e decifrável, não seria assim tão lindo, completo e cheio de mágica como tantas músicas, quadros, textos e poemas pintam. As pessoas tem teorias demais para explicar o que sabem de menos e nesse meio de caminho talvez se percam na ânsia de definir algo que não precisa disso.
Gosto de acreditar que amor é múltiplo e acontece várias vezes na vida. Que nós é quem fazemos e decidimos nossa propensão a se apaixonar por determinado tipo de pessoa: gostar no outro tudo aquilo que falta na gente, se apaixonar por tudo que acha errado ou romantizar uma história que a mente invente antes mesmo de beijá-lo e talvez nem aconteça na vida real.
Fato é que o segredo está em permitir-se.
Lasciva
Lasciva nunca foi capaz de reprimir sua libido. Então decidiu explorar os aspectos mais íntimos da sua sexualidade e registrar tudo o que a excita em forma de palavras. Elas estão em lasciva.blog.br
Não há pessoas iguais. E é justamente aquilo que há mais singular e especial em alguém que costuma desencadear uma paixão. Duvido de moldes pré-definidos para parceiros amorosos. Basta notar que não é possível traduzir em explicações racionais as coisas do coração. O amor sempre nos arrebata do nada, quando menos esperamos, sem quê nem porquê. E, a cada nova relação, você reinventa a si próprio, redefine o conceito de amar. Depois, pode até criar bloqueios quanto a aspectos e características que viu não funcionarem no passado. Mas na hora que o amor acontecer de novo, não existe escapatória. Mesmo que morra de medo de repetir certos erros, tente fugir daquilo – todo empenho em lutar contra impulsos emocionais tende a ser em vão. Não há razão objetiva que conecte os indivíduos afetivamente. Apenas a subjetividade é capaz de explicar.
Escreve até correio elegante. Roteirista do programa Esquadrão da Moda (SBT) por amor e dinheiro. Dramaturga em coma. Publica seus impulsos aqui e ali; sendo aqui, seu blog; e ali, seu tuíter.
Que é difícil quando o amor é interrompido. Ou esgotado até o último beijo. Ou abandonado, largado aos suspiros. Que tentamos. Secamos lágrimas antes que fecundem os olhos.Calamos os escândalos que resultam em um beijo não devolvido. Que a tristeza escancara que tudo indo. Que procuramos outras portas para invadir.
Os dias que seguem são apenas busca. Voltaremos a sentir esses beliscões que nos atacam quando ele passa ou essa anestesia nunca vai passar? E vamos riscando, chutando, descartando o olhar que ele fazia, as promessas que soprava no ouvido. E vamos eliminando pouco a pouco o que fomos durante aquela noite, dentro de um táxi, num bairro perdido da cidade: eternos.
Quando a vida voltar a ter sentido, rejeitaremos qualquer partícula daquelas tardes em que deitávamos juntos na cama para ver televisão. A busca vai mudar o curso, pegar o rumo contrário. Se ele foi intenso, ressuscitaremos o morno. Se foi diário, agarraremos o esporádico. Então dele não vamos querer nem mais fotos desfocadas, os bilhetes rasgados. Dele não vamos admitir lembrança. Num esforço de apagá-lo, a única coisa que vamos pedir é um amor oposto.
É jornalista, mineira e blogueira. Sofre de imaginação fértil e só passa escrevendo. Segue ela lá no Twitter: @mabrafman
Amor para mim é busca eterna. Talvez porque eu ainda não achei e tento diariamente entender alguma coisa do que os outros sentem e do que sinto. Com esse pouco que sei, não consigo dizer “sim” para os questionamentos da imagem. O ponto de vista é muito interessante, mas eu preferiria que isso não fosse o que realmente acontece com a gente.
Acredito que nos refazemos a cada desamor, a cada decepção, a cada deslize e a cada fim. Eu discordo que buscamos a mesma pessoa repetidas vezes. Ou não existiria nada mais gostoso do que poder se apaixonar de novo, se redescobrir com alguém que nunca esteve na sua vida.
Sigo a linha de que a vida é realmente uma só, e amar sem limites, duas, três, setenta vezes, é um presente de estarmos aqui. Seria muito chato se apaixonar por alguém exatamente igual duas vezes. Prefiro uma vez só. Uma única vez intensa, sincera, e quem sabe eterna? E se por acaso, um novo amor me lembrar de um amor antigo, tomara que seja só nas coisas boas. O amor são duas solidões que combinam. O amor é clichê e não tem por que. O que eu quero mesmo é que ele seja sempre bonito de viver. Amém.
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E você? O que pensa disso? Será que você também remenda amores?