7 coisas que você deve saber sobre escritores


A inspiração nunca avisa quando vai chegar e a gente tem que estar sempre preparado. Nessas horas e em todas as outras a gente tem que estar sempre preparado. Sempre temos que lançar mão de um bloquinho, pedaço de papel, agenda, notas do celular, palma da mão e outros locais para escrever aquela ideia naquela hora. Infelizmente, nem sempre ficamos inspirados em frente ao computador;

A inspiração aparece nas horas mais impróprias. Várias vezes a inspiração bate quando a gente tá no banho, com o arroz no fogo, quase pegando no sono ou em pé no ônibus lotado. Vocês podem imaginar o quanto é difícil conseguir parar o que estamos fazendo para anotar e não perder aquela ideia, ou pior, fazer mil coisas ao mesmo tempo e ficar repetindo a ideia mentalmente (dica: eu repito pelo menos 3 vezes) pra evitar que ela fuja de você;

A gente fala normalmente, mas tende a escrever até lista de compras de forma poética, mesmo quem não escreve poesia. Não sei se esse é um problema só meu. Quando eu falo pras pessoas que eu escrevo (e que sou formada em Letras) elas sempre acham que eu vou falar tudo certo, sem cometer erros e pior, que vou corrigir todo mundo. Não, gente. Não falo tudo certo (nem escrevo) e não corrijo as pessoas (tá bom, só às vezes). Mas pra escrever, eu tenho a tendência de me preocupar mais e acabo sentindo um viés poético, lírico em tudo que eu escrevo, até bilhetinhos de geladeiras.

A gente tem uma certa insegurança ou acha que não é tão bom quanto realmente é. Isso é uma coisa que eu tento melhorar a cada disso e tem muito a ver com autoestima. Hoje em dia sou mais segura sobre o que escrevo e vejo uma evolução na minha escrita quando leio meus textos mais antigos e os atuais. Mas acho que sempre vou ficar vermelha quando receber um elogio e não sei quando serei totalmente segura de que o meu trabalho é bem feito (ou se é bem feito). Mas digo com propriedade que expor o trabalho e se propor a receber críticas é algo que contribui muito (dica 02)

A gente tem duvidas que parecem bobinhas do tipo: Qual idade meu personagem deve ter. Será que esse nome é comum pra essa época?  Será que se eu escrever sobre uma guerra em 2034 estou sendo verossímil? Essas questões podem parecer simples, mas muitas vezes nos atormentam por um bom tempo.

Nós somos nossos maiores críticos e as vezes até no sabotamos. Nós somos muito duros com nosso eu lírico. Eu pelo menos,sou assim. As vezes escrevo um texto e duas semanas depois quando vou ler penso: “que merda é essa?”

A gente passa por crises e ficamos sem inspiração por mais tempo do que gostaríamos. Nessas horas, vale tudo e é preciso saber o que te inspira. Se é um sinfonia de Beethoven, um funk da Valesca, um filme do Almodóvar ou um episódio de Friends, um texto de algum blog ou um clássico da literatura mundial. O importante é se conhecer pra saber o que fazer quando faltar a inspiração. E principalmente, aproveitar o momento quando a inspiração vem antes que ela se esgote.
Notas:

1 – Quando eu digo “escritores” no título, eu nem sei se me incluo nessa adjetivo, tamanha minha crítica comigo mesma.

2 – Esse texto nasceu numa madrugada, junto com mais 2 outros e todos em menos de meia hora. Isso comprova que a inspiração não tem hora certa e que realmente temos que aproveitá-la.

3 – Se você gosta de escrever, pratique. Bastante. Só assim a gente melhora. Saiba quem te inspira, seja em que momento for. Leia e assista a muitos filmes, isso sempre funciona pra mim. Mas sobretudo: arrisque!

Nepomuceno

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