Ouço uma voz gritando incrédula na minha cabeça: AMOR NÃO ACABA!
Segue uma risada estridente e irônica.
Na minha cabeça começa então, uma discussão acalorada, quase filosófica, certamente infantil e provavelmente inútil. E então? Amor acaba? Se acabou era por que nunca foi amor? Ou o amor simplesmente um dia evapora?
Eu amo. Por isso acredito que o amor existe. E teimo em encher o coração de esperança de que exista o tal pra sempre.
Amo tanto que acho impossível que tanta coisa um dia exploda no peito e acabe jorrando do meu corpo em suor e lágrimas. Daria pra encher um Amazonas inteiro. Ou o Mar Morto.
Meu amor me ensinou a reinventar a minha capacidade de sorrir. Me rouba gargalhadas e gritos. Ele contraria todos os meus nuncas. Ri malandro dos meus medos. Derruba impiedoso todas as barreiras que construí com expectativas e decepções.
Me faz desejar mais beijos com gosto de manhã do que chocolate quente no inverno… Mas já amei antes. E acabou em enxurrada. Desaguei um Nilo. Achei que nunca mais seria capaz de encher meu peito novamente.
No meio dessa confusão de sentimentos tão ingênuos, as duas vozes no meu cérebro festejam vitória. Elas concluem satisfeitas, que ambas estão certas.
O amor acaba. Mas não acaba. Se transforma.
Às vezes se transforma em dor outras em saudade… mas ainda assim, está lá. Torço pra que, enquanto for amor, durma sempre de conchinha comigo e encha de certeza os meus mais loucos sonhos. Depois, ele pode ser o que ele quiser.
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