Talvez nem todos os beijos vão se adequar a sua boca e nem todos os abraços confortáveis se tornarão lar. Com o tempo você aprende que nem todo porto é seguro, e que nem toda terra firme é habitável. E não tem problema nisso, porque no fundo cada uma dessas pessoas que vão passar por você, vão te ensinar alguma coisa e essas coisas vão te deixar mais forte com o tempo.
O que talvez ninguém tenha te dito é que todas essas descobertas, todas essas bocas não adequadas, todos os portos não seguros e todas as terras não-habitáveis, não vão embora da sua vida sem te dar, também, um pouco de dor.
Sempre que um tchau não é dito e um silêncio é ouvido de forma ensurdecedora, vai doer. Toda vez que um afastamento visível e eminente começa a ser sentido, a dor vem junto e ela não para até você perceber que aprendeu a lição.
E a lição mais importante, e mais doída, e mais necessária é que a gente sempre é capaz de ir em frente. Nossos pés nem sempre sabem o caminho, mas eles nunca param de funcionar na escuridão. E você descobre que talvez todo o amor que você trás em si – e que talvez já esteja diferente depois de ter sido doado para tantos que não deram valor – é precioso demais. E você começa a guardá-lo em si, usá-lo consigo mesmo, e aí você tem o estalo que te faz sorrir sozinho e pra uma brisa qualquer.
O maior amor da sua vida é e tem que ser você.
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