Estou escrevendo isso sem a menor esperança de que você vá ler algum dia.
Mesmo assim, te imagino lendo e dando um sorriso daqueles tão espontâneos que não dá tempo de reprimir ou disfarçar. Te imagino sentindo aquele calorzinho no coração ao perceber que ainda penso em você. Porque, sim, eu ainda penso. E ainda sinto um calorzinho no coração toda vez.
Aquela vontade quase inocente de saber como você está, o que tem feito da vida, quais são seus planos. E, na minha imaginação, você começa a me contar que anda se sentindo sozinho e que depois de mim nunca mais conseguiu se acertar com ninguém. Não do jeito que éramos.
Perceber um suspiro seu enquanto fala de como, vira e mexe, lembra de mim e de como você se sentia feliz e seguro comigo. De como eu te fazia tão cheio de vontade de passar todos os dias do resto da vida comigo, coisa que você nunca mais sentiu por ninguém.
Te imagino confessando que todos os dias considerava me procurar para dizer apenas “Oi, eu só queria saber como você está…”, mas no fundo a vontade era de me chamar para sair, porque você sente uma vontade imensa de me ver e de me beijar de novo. E cada vez que se lembra de como era me beijar, sente um arrepio e uma saudade tão intensas, que chega a quase sentir a sensação do meu beijo.
Aí penso que você faz uma pequena pausa, um breve silêncio. Eu te pergunto o que foi, você responde: “Por que não nos encontramos hoje a noite?”. E eu meio que faço uma voz de surpresa, mas digo: “Tá aí. Boa ideia!”. Você, com seu humor incrível, faz uma piadinha boba e diz que então precisa correr para se arrumar, pois nunca quis tanto causar uma boa impressão na vida.
Nessa hora, em minha imaginação, eu já volto a ficar apaixonada e começo a contar as horas para nos vermos de novo. E já começo a pensar em tudo o que vivemos de bom e, melhor ainda, em tudo o que podemos viver de agora para a frente e, desta vez, sem cometer os mesmos erros que cometemos no passado.
E enquanto me arrumo, continuo imaginando cada detalhe de tudo o que vai acontecer dali a algumas horas e sinto tanta, tanta felicidade que não consigo me controlar nem disfarçar a cara de boba.
Pena que tudo isso é só uma carta que você provavelmente nunca vai ler, onde eu imagino que você fosse reagir a mim exatamente como eu reagiria caso fosse você a me procurar com um “Oi, eu só queria saber como você está…”.
Você também pode gostar desse assunto. Assista ao vídeo abaixo: