Sexo, pau, buceta e cu ainda são tabus – o cu então, coitado, nem se fala. Falar a palavra ‘”cu” é pior que invocar o Voldermort. Pergunte para amiga se ela dá o cu. É possível que a reação dela seja uma das seguintes: ficar verde e desmaiar, rir como uma menina de onze anos ou responder que “é claro que não isso não é coisa que se faça e muito menos que se pergunte”.
Se as pessoas não querem falar de sexo em mesa de bar ou entre amigos é uma coisa. Realmente, ninguém é obrigado a falar desse assunto e tem gente que preza pela discrição. Mas e quando as pessoas se recusam a falar de sexo com os próprios companheiros? Não falam que odeiam ficar por cima (ou por baixo), que amam dar de quatro com a luz acesa, que adoram que chamem de “cachorra”, que odeiam tapa na bunda, não discutem sobre preliminares, sexo oral, clitóris, gozo, fio-terra, fantasias sexuais.
Só fazem sexo e pronto.
Foi bom? Foi “ok”.
Tem gente que começa com um sexo incrível e com o tempo deixa ele ficar mecânico. Outros começam com um sexo muito meia boca e não conseguem evoluir porque não conseguem falar sobre esse assunto com ninguém. Tem vergonha. A vergonha é maior que a vontade de ter prazer. Tem gente que acha que o sexo que faz é o mais prazeroso que pode ser e não faz ideia do quão melhor poderia ser. MUITO melhor. Tem gente que faz sexo sem tirar a roupa. Porque tem pre-gui-ça. Abre o zíper, abaixa um pouquinho as calças, só o mínimo necessário e pronto.
Não! Não vamos deixar isso acontecer! Não vamos deixar o sexo ser “ok”. Muitas vezes vai ser mesmo – é inevitável. Mas sempre “ok”? Não pode. Pode ser melhor. Pode ser muito mais gostoso. Pode ser incrível – não sempre, incrível sempre, simplesmente não tem como. Sinto muito. Mas pode ser bom. Muito bom. Mas temos que falar sobre isso. Temos que falar sobre sexo. Vem, vamos conversar. Vamos falar de pau e buceta, de clitóris, de peito, de bunda, de saco escrotal – sim! Os testículos! Não ignorem os testículos! – de língua, sexo oral, boquete, surra de pica, gozo, dar de quatro, dar em pé, dar no carro, na cozinha, dar em cima da máquina de lavar. Dar onde você quiser.
Não vamos ter vergonha, não vamos ter preguiça. Então deixe o constrangimento de lado e – por favor – tira essa calça jeans!
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