[Você pode ler este texto ao som de Coming Home Pt II]
Costumo dizer que o ato de se apaixonar é algo inesperado e imediato. Você sabe quando se apaixona por alguém, mesmo que seja um processo diferente pra cada pessoa. A paixonite pode bater de diferentes formas, mas nós sempre sentimos quando bate. Sendo assim, o inverso também acontece: nós sabemos de cara quando estamos dispostos a manter alguém nas nossas vidas.
Pra não ser injusto, explico meu ponto. Não é que você faça de sacanagem ou mantenha alguém ali por puro capricho (mentira, isso pode acontecer), mas é comum que a gente não saiba muito bem onde estamos pisando e queiramos arrastar os outros pra dentro da gente nos momentos de caos. Quando estamos super carentes, abrimos mais as portas, sendo que o ideal seria entender o que estamos sentindo para não tomar decisões precipitadas. Quando estamos em momentos super confusos, em que falta tempo ou disposição, falta preparo emocional ou qualquer outras dessas coisas que importam num relacionamento, nós sabemos. Sabemos quando não estamos preparados para receber alguém, mas ainda assim forçamos a entrada.
É aí que parecemos um vendaval desvairado arrastando (e arrasando) com gente inocente que nada tinha a ver com os nossos problemas e com a nossa confusão. Gente que chegou, foi chegando e você acabou deixando ficar mesmo sabendo lá no fundo que seria temporário, mesmo sabendo lá no fundo que não daria pra ser naquela hora. A gente sempre sabe. É o famoso timing, o vilão sentimental que todo mundo vai enfrentar um dia. Não importa quanto amor o outro possa oferecer: se você não for capaz de recebê-lo naquele momento, ele vira pó e machuca o outro.
É mais honesto pra todo mundo quando nós admitimos conscientemente esse momento. O momento em que não dá pra ser, o momento em que por mais que a pessoa seja tudo o que você sempre sonhou, não é agora. Isso evita a fadiga e evita que nós sejamos filhos da puta por ocasião – cê sabe, aquela vez em que não nos achamos vilões, mas estamos sacaneando alguém claramente por melhores que sejam as nossas intenções. Evita que você descubra duas ou três semanas depois o que já sabia, que não era hora, que não pra ser agora porque você não consegue ainda resolver todas as questões que te fazem confuso. É melhor pra gente respeitar essas ventanias e passar frio sozinho do que pedir abrigo e deixar o outro à deriva.
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